agora sim

A vida tem contornos que a razão e a emoção desconhecem…
Estamos constantemente a ser surpreendidos pelos enigmas talhados em verbos desconhecidos…enigmas que nos deixam perplexos…sem reacção…

De todos os enigmas da vida aquele que ainda tem a capacidade de me deixar perplexa, é o enigma da natureza humana…natureza que nos apregoamos de conhecer…

Mas a única verdade escondida é que, nunca conhecemos profundamente o ser humano…a racionalidade faz com que sejamos capazes das piores injustiças e atrocidades.
Definir as pessoas é mais difícil que vencer o euromilhões.

Dizem os sábios que não nos podemos queixar de não ganhar, se não jogarmos. Porém na vida não nos podemos bajular do mesmo. Todos entramos nesse jogo. Vivemos em sociedade. Somos guiados por valores que nos foram entregues sem os entendermos. Fazemos desses valores o norte da nossa vida. Porque os interpretamos e julgamos serem os mais correctos dentro da magnânima ideia de justiça.

Se evoluímos, se nos concentramos nos nossos objectivos e se os alcançamos encontramos no caminho uma infinidade de seres humanos que mostram o pior da sua racionalidade e humanidade.
Infelizmente já senti essa dor…essa dor de não sabermos mais se somos nós ou os outros que estamos certos ou errados.
Contudo…depois de um período difícil digo sem medos nem receios, sou agora mais forte. Porque vejo e não olho. E se agi de acordo com os meus valores e princípios estou agora bem mais segura daquilo que a minha consciência me disse.
Finalmente…estou a respirar… Consegues sentir o vento a bater no teu rosto?
É maravilhoso sentir a Liberdade!
Sentir que não baixamos os braços no primeiro fracasso, no primeiro obstáculo, que nos fortalecemos com cada um dele.
«Alimentamo-nos do negativismo e das ideias de fracasso…tememos cada uma delas, rejeitamo-las e não nos esforçamos para as compreender, quando as compreenderes conseguirás ultrapassá-las e desligarás a tua concentração do “não” para o “eu consigo”.»
Esta frase marcou alguns dos momentos mais importantes da minha vida, graças a ele (o autor) mesmo quando está tudo escuro, consigo sempre encontrar uma pequena lamparina.
Se consigo manter a minha mente limpa, e recuperar de todos os dissabores e de todos os momentos de dor, é porque aprendi a valorizar a serenidade e o espiritualismo, a não temer, a não rejeitar e a compreender até o negativismo das ideias.
Agora sim…
Depois de os ventos terem deitado as velas abaixo…decidi compô-las.
Agora sim…
Consegui compreender…
Agora sim…
Sei que este passo que eu tanto queria e tanto desejo, vai trazer muitas lágrimas…mas tenho a certeza que também vai trazer muitos sorrisos, e é nesses que tenho de me concentrar.
Agora sim…
Voltei a respirar…
Tudo passa…tudo muda…nada é permanente…
BY: Mara Lagriminha

perfeito vazio...




Os desejos são o ópio do amor. O alimento da paixão. E a corrupção do pensar...
Guardo em mim turbilhões de sentimentos...que desabrocham no passado vestidos de saudade mas...
"ás vezes eu fico imóvel...pairando no vazio...num perfeito vazio...ás vezes lá fora faz mais frio"...e o meu lado existencialista parece falar mais alto...deleito então os meus pensamentos no vermelho do copo, como quem experimenta o prazer da purificação pecadora, água benta golo a golo...e tudo desvanece...
A obessessão da existência, o solipsismo do pensar e do agir, mergulhados no morbido orgulho que escreve as linhas do meu destino vencem o ópio e não traçam o teu caminho no meu caminho.
E aquilo que me aterroriza, que me asfixia solta-se nas linhas já percorridas...
E sim...
"ás vezes aqui faz frio...
ás vezes eu fico imóvel...
pairando no vazio"
absolutamente embriagada na escuridao de todos os amanheceres iguais e perturbadores...
"abre-se a janela
benvindos á minha casa...
ao meu lado mais profundo..
onde eu saio por vezes...
para conquistar o mundo
by: mara lagriminha ( nota: em italico-xutos e pontapes)

Safari no Inferno, considerações sobre a Mutilaçao Genital Feminina


O respeito pela dignidade da pessoa humana, e o respeito pelos direitos humanos está constantemente a ser posto em causa em vários recantos do Mundo.

É intolerável, aceitar esse desrespeito. É intolerável, sacrificar o bem maior e supremo que é a vida humana e a auto-determinação desta em prol de outros valores mascarados e maquiavélicos, que disfarçam tortura num amplo conceito de tradição.

Nesta matéria, a mutilação genital feminina é sem dúvida um caso chocante desse desrespeito, aliás, aqui a palavra a usar não deve ser só de desrespeito, mas de ofensa à integridade física grave, que nalguns casos leva á morte.

O “modus operandi”deste acto consiste numa prática em que parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças são removidos. Há vários tipos, que por sua vez têm gravidades diferentes. Segundo as várias tradições são removidos o clítoris ou os lábios vaginais. Uma das práticas de maior gravidade – chamada infibulação - consiste na costura dos lábios vaginais ou do clítoris, deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação. Aproximadamente 15 % das mutilações em África são infibulações.

Todas as formas de discriminação e de violência devem ser condenadas. Não se percebe como num mundo que se quer civilizado, ainda possam ocorrer episódios destes.
A mutilação genital feminina é um acto de barbárie contra jovens, algumas delas até na idade adulta, e contra bebes, recém-nascidas. Não podemos ser indiferentes a esta situação, para mais quando estudos comprovam que existe mutilação genital feminina a ser cometida em Portugal.
Em 2002, numa grande reportagem do Jornal Público, assinada pela jornalista Sofia Branco, pode comprovar-se isso mesmo, a ler e a analisar em http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Mutilacao_Genital_Feminina.htm.

Hoje, mais uma vez vêm a público, uma grande reportagem a passar na RTP1 denominada Safari no Inferno, esta é segundo a jornalista “uma viagem sobre a violação dos direitos humanos. A não perder.
Até porque, a Mutilação Genital Feminina não só é um puro acto de violência contra quem não se consegue defender, contra a parte mais fraca, como é crime. Previsto e punido pela nossa legislação, pelo direito comunitário e pelo direito internacional. Não se pode fechar os olhos a esta situação.
De frisar, que as consequências não são apenas (se é que num caso como este se pode usar a palavra “apenas”) físicas, mas também psicológicas, efeitos esses irreversíveis para o resto da vida.

Entendendo em abstracto a valorização da Identidade cultural de cada povo, e o respeito pelas tradições, decerto, que num estado de colisão de direitos fundamentos se deve de abdicar deste direito, nesta situação em concreto, por dois direitos maiores, o direito da mulher na auto- determinação do seu corpo e do seu normal desenvolvimento psico-sexual e numa maior medida, o respeito pela sua dignidade humana.
É inconcebível aceitar uma violência desta natureza, por essa violência se camuflar num costume ou numa tradição.
Para se obter justiça e a consagração, a pratica real daquilo que está estipulado na legislação europeia, só se conseguirá erradicando de uma vez por todas esta barbárie.
by: Mara Lagriminha


Tainted Love - versao Marilyn Manson



Sometimes I feel I've got to
Run away I've got to
Get away ...

Os malabarismos eleitorais - CORUCHE 2009

Estamos em plena época eleitoral, ainda não no auge…mas já se começa a delinear as primeiras estratégias, e sobretudo, os estrategas que muita tinta ainda farão correr nos próximos tempos.
Coruche, naturalmente não é excepção.
Mas mais do que a Campanha em mesma, o que realmente me desconcerta é a forma de fazer campanha que já está a começar a revelar-se por alguns.
Porém, para pensar o futuro, temos de avaliar o passado, um passado ainda muito recente.
Ora veja-se, quem acompanhou de perto durante quatro anos as sessões da Assembleia Municipal deve recordar-se de alguns episódios dignos dos melhores tablóides de jornal deste país…
Naturalmente que quem não tem nada para dizer, ou muito pouco para dizer, acaba por cometer gafes, cair no discurso falacioso.
A falta de ideias é veneno que corrói a sociedade, ainda mais se atendermos a um concelho com a dimensão do concelho de Coruche, com as suas características próprias, e com um passado de 25 anos de governação CDU.
Se existissem ideias, âmbito temporal não faltou para as demonstrar… contudo tal não se verificou. Mas pior do que não ter ideias, é perceber que não se é alternativa…aí o veneno torna-se fatal e caí-se completamente no ridículo.
Perceber que quem agora esta à frente do concelho e quem suporta essa liderança tem um projecto que não se limita ao ultimo mandato, mas com visão e planificação de futuro. Foi o que aconteceu na apresentação do Plano Estratégico Coruche 2020 pelo Prof. Augusto Mateus, na sessão extraordinária de 22 de Abril de 2009.
Cumpre fazer algumas considerações sobre este triste episódio.
Considerações essas que revelam bem, o panorama da oposição em Coruche ao PS:
- O que se tem verificado no decorrer deste mandato da AM é bem revelador daquilo que o maior partido da oposição nesta Assembleia, tem para oferecer aos cidadãos do nosso concelho, ou seja, um verdadeiro vazio político, sem alternativas e sem ideias fundamentadas.
No fundo, o que temos aferido é que o dogma da CDU, ora umas vezes crente no seu longínquo passado, ora outras vezes completamente perdido e de braços cruzados, se tem revelado impotente e com uma atitude em que em nada contribui para o progresso e desenvolvimento do concelho de Coruche. Ainda para mais, numa altura em que urgem soluções e contributos derivados sobretudo da conciliação entre as varias forças politicas. Ora, na AM, órgão, que devia ser o palco dessa conciliação tal não acontece.

- É este alheamento e esta politica do bota-abaixo que se tornou patente na referida sessão da Assembleia.

Nada que nos surpreenda.
Como não nos surpreende os mecanismos usados, nem os ataques pessoais usados, em actos de desespero. Afinal é este o respeito que tem por Abril.
As atitudes são a demonstração exterior dos compromissos que cada um de nós têm. E a atitude demonstrada pela CDU revelou bem o que tem para oferecer a Coruche. Irresponsabilidade, Desprendimento e Apatia por aquilo que é o Futuro.
E é essa mesma apatia, que agora quer renascer das cinzas…perguntam vocês: Projectos? Não! Essa é a parte que realmente não muda. No corredor dos estrategas, é curioso saber quem vai assumir a candidatura, e com que moldes se envergará essa candidatura.

Mas mais do que este historial, na verdade o palco eleitoral em Coruche trás novidades.

Ate que ponto algumas são subterfúgios? Metáforas?

A essa questão naturalmente não posso responder. Mas como eleitora tenho a minha opinião. Na realidade, não nos podemos alhear destes novos movimentos que surgem e brincam com as palavras. E não, não estou a criticar. Estou apenas a avaliar. Tudo o que for lufadas de ar fresco e contributos positivos para o desenvolvimento do concelho terão naturalmente o meu apoio e a minha observação.
Mas será essa a pretensão? Com candidatos anunciados, e listas a proliferarem por aí…de todo que não me parece tão só e apenas uma lufada de ar fresco, positivamente contributiva…juízos de valor à parte, e ainda á espera de perceber do que realmente se trata, observo na janela dos sentidos, tentando colocar a intuição de lado para acompanhar os próximos desenvolvimentos.
Mas para compor ainda mais este palco, eis que deambulava eu pela net, quando deparo com o site do Bloco de Esquerda distrital de Santarém… e aí sim… não posso deixar de comentar.

Já é sabido que o Bloco irá apresentar uma candidatura ao concelho de Coruche, e que está a organizar a sua lista. Neste âmbito, está escrito o seguinte: “ também em Coruche o Bloco está a construir listas e conta apresentar-se como alternativa ao cinzentismo instalado naquele concelho”

Cinzentismo??? Foi de facto esta a palavra utilizada pelos bloquistas. Realmente, tal só revela um total desconhecimento sobre a realidade do concelho. E sobretudo, sobre o progresso e desenvolvimento que se tem prosseguido e que está a olhos vistos até pelo cidadão mais desatento. Por aqui, já podemos avaliar o tom da campanha.

Mas vamos aos factos, não descreverei aquilo que se tem de obras e de betão, porque essas são as obras evidentes, que saltão a olhos vistos e que por regra não constam na boca da oposição.
Mas falaremos daquilo que enquanto jovem e dirigente socialista me preocupa, e que tem sido cumprido, ao nível da política social pelo partido socialista na câmara municipal de Coruche, nomeadamente:

O programa Casas com Gente, o Programa de Apoio ao Conforto Habitacional, o Cartão do Reformado, as Bolsas de Estudo, o Apoio aos Passes Escolares, a Residência Estudantil, a Unidade Móvel de Saúde, o Apoio ao Centro de Dia da Fajarda e Lamarosa, o Apoio à Requalificação do Lar da Misericórdia, o Apoio à Construção da Unidade de Cuidados Continuados e o Apoio ao Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social.

De facto, falar de Coruche, é sentir Coruche. É estar no terreno e sentir os problemas dos munícipes. Não é adjectivar sem conhecer a realidade do concelho.
Faltou o conselho municipal de juventude estar a funcionar, mas de momento já está em fase de projecto o regulamento, com o qual a concelhia de Coruche da juventude socialista se congratula.

É neste âmbito, que de facto o palco eleitoral de Coruche vai estar a fervilhar.
Mas a democracia é isto mesmo, panóplias de candidaturas. E ainda bem.
Esperemos então que essa panóplia de candidaturas, traga também uma panóplia de ideias. E sobretudo que haja uma discussão politica produtiva e útil para todos.

Da minha parte e da minha liderança na Concelhia é exactamente isso que quero dar e quero ver. Apoiamos a candidatura de Dionísio Mendes á CM, e de José Coelho á AM porque consideramos que o trabalho realizado nos últimos mandatos foi de saudar, pelo desenvolvimento, progresso e visão que coincide com a nossa visão para o concelho. Mas sobretudo, porque estamos certos, que tal vale não só pelo que foi, mas também por aquilo que ainda se pretende fazer.
É pela continuidade e para que Coruche continue a INSPIRAR que estamos ao lado do Partido Socialista. Termino apenas, frisando a importância do voto na AM, esta é o órgão deliberativo do concelho, é de toda a importância reforçar a nossa percentagem na AM, pelos motivos acima expostos, penso que não são necessárias mais palavras.

Interpretações à parte, arregaçamos os braços e continuamos a trabalhar, como sempre fizemos.

by: Mara Lagriminha

A pena de morte e o sistema penal portugues



Nos meandros da discussão argumentativa, eis que surge mais uma vez o tema da pena de morte. Tal não seria de admirar, uma vez que não é novidade na agenda tal discussão. Contudo, parece-me evidente que mais do que o tema em si, o que releva aqui é na verdade os resultados…resultados que confirmam que cerca de 20% da população portuguesa concorda com a aplicação da pena de morte em Portugal.
Atendendo a esse facto, cumpre fazer algumas considerações, sobretudo em matéria de direito penal.
Deste modo, o vastíssimo movimento da reforma penal é penetrado por um património de ideias que radicam num fundo político-criminal comum, e que procuram retirar dele, em maior ou menor medida, as consequências relevantes para uma reconformação da estrutura, da hierarquia e do campo de aplicação das penas e medidas de segurança.
Assim, nesta lógica, deve salientar-se as linhas orientadoras e reformistas que constituem os ramos do mesmo tronco de política criminal comum. Em primeiro lugar, a restrição do âmbito e da frequência de aplicação das penas privativas da liberdade, em segundo lugar, a luta decidida contra as penas de prisão de curta-duração, conducentes á sua substituição, na generalidade ou na maioria dos casos (note-se a ultima alteração legislativa em matéria de politica criminal com o substancial reforço destas) por outro lado, aumentou-se consideravelmente o reforço da aplicação de penas não detentivas da liberdade. E sobretudo, diminuir o efeito estigmatizante e logo criminógeno da aplicação da pena de prisão.
Contudo, é exactamente neste ponto que reside a problemática da questão. Se por um lado, ao Estado, como mentor da politica criminal pertence o poder-dever de diminuir o efeito estigmatizante do cumprimento da pena de prisão, deste modo evitando possivelmente futuros casos de reincidência, por outro lado, o Estado no desenvolvimento desta sua função, não se pode imiscuir do seu papel de protector, sobretudo das expectativas da comunidade em geral, na punição criminal da norma violada.
Na junção de todas estas matérias, a politica criminal visa sobretudo a conformidade com a ideia de Estado de Direito, sem naturalmente prejudicar ou aprofundar o seu conteúdo social, que deve respeitar e entender.

Assim, no desenvolvimento das sucessivas reformas penais portuguesa deve salientar-se com grande relevo, o facto de se ter mantido a recusa, tradicional no direito penal português, de consagração da pena de morte e da pena de prisão perpétua.
Tal ocorre em conformidade em nome de um principio de humanidade, neste ponto, o nosso direito penal pode considerar-se pioneiro. Jescheck, definia assim o principio em causa: «todas as relações humanas, abarcadas pelo direito penal na sua mais lata acepção devem ser ordenadas na base da recíproca comunicação, da responsabilidade comunitária pelo homem que foi punido, da livre responsabilidade para o auxilio e cuidado sociais e da vontade decidida de recuperar o criminoso condenado».

Na verdade, este tema da eficácia ou ingenuidade da reabilitação por um lado, e querela sobre a justificação ou não da pena de morte, é mote doutrinário ainda em muitos países, com “n” querelas doutrinarias sobre ambas as opiniões.

Contudo, do ponto de vista jurídico, é praticamente unânime a doutrina que considera a pena de morte como injustificável à luz dos fins das penas e que vê na prisão perpetua uma pena cruel e desnecessária.

Por outro lado, não nos podemos abster daquilo que é ditado pela nossa Constituição da Republica (CRP) que proíbe, e muito bem, (votação em AR por unanimidade, recorde-se) a pena de morte e a prisão perpétua.

Deste modo, não só a nossa base constitucional, mas também a nossa base penal, dita que o sistema sancionatório português assenta na concepção básica de que a pena privativa da liberdade (sendo admitido por todos, que a pena de prisão é um instrumento que os ordenamentos jurídico - penais actuais não conseguem prescindir) constitui a ultima ratio da política criminal. Deste modo, há que respeitar na sua aplicação o princípio da necessidade, da proporcionalidade e da subsidiariedade da pena de prisão.
Por outro lado é também notório o princípio sobre o qual nenhuma pena envolve a perda de direitos civis, profissionais e políticos. Deste modo impede-se a automaticidade dos efeitos das penas.

Assim sendo, confessando que sou uma profunda admiradora do texto constitucional, embora critica em alguns pontos, no que se refere á matéria penal, sempre muito discutida e que naturalmente pela sua especificidade nunca agrada a gregos e a troianos, no fundo, em geral, penso que há que frisar e aplaudir o esforço que o(s) legislador(es) português(es) sempre fez no plano normativo no sentido de limitar a estigmatização. Esta linha norteadora, tem de ser saudada como um elemento fulcral do programa politico criminal de um estado de direito que se diga Democrático e Social.

Nesta óptica é inconcebível que se pondere e se aceite a aplicação da pena de morte, num mundo que se quer civilizado.
Mais do que considerações pessoais, a verdade é que ainda ninguém, que possa defender tal situação, me conseguiu demonstrar com argumentos validos os benefícios de tal implantação.
Mais…a experiência demonstra que a existência da pena de morte não diminui os índices de criminalidade. Veja-se os Estados onde tal é permitido. Somos Europeus, estamos inseridos na União Europeia, que não permite a pena de morte, nem a extradição para países em que tal pena seja aplicável ao caso. Também o Tribunal Penal Internacional não admite a pena de morte.

O que a realidade demonstra é que a aplicação da pena de morte não diminui os índices de criminalidade, como é impossível de funcionar como elemento preventivo.
Por outro lado, e na minha óptica o mais importante, teremos nós o poder sobre a vida de outrem????
Parece-me que não. Já para não falar que o sistema judicial (infelizmente) é falível, relembro os casos chocantes que ocorreram nos Estados Unidos da América.

Nas palavras de Fernanda Palma concordando inteiramente, “seja como for, a repulsa que alguns crimes nos suscitam não pode, por si só, levar a modificar o nosso sistema. A prisão perpétua não desmotiva mais o criminoso do que uma longa pena de prisão, que pode alterar todo o curso de uma vida. Uma pena não perpétua pode conduzir, numa certa percentagem, à recuperação do delinquente e à defesa da sociedade. Tal como a vida, a liberdade, que faz de nós pessoas plenas, não deve ser retirada para todo o sempre. Mas isso não significa que se exclua, em casos muitos graves, um sistema complementar de medidas de segurança que protejam eficazmente a sociedade, aplicáveis a imputáveis perigosos após o cumprimento da pena de prisão.”

Nesta conformidade, não posso tolerar, nem do ponto de vista jurídico, nem do ponto de vista social, a pena de morte.

A pena de morte é um atentado aos direitos humanos, é um atentado á dignidade do ser humano. Os americanos defendem que não se deve combater terrorismo com terrorismo, deviam também entender aquilo que os Europeus (pelo menos alguns) já entenderam, não se combate o crime com mais crime. Não se pune um homicídio com outro.

A confiança na reabilitação não está apenas nas mãos do criminoso, está sobretudo na capacidade que a sociedade tem para prover essa reabilitação, e na confiança no sistema preventivo.

Por outro lado, a minha sensibilidade social também me desperta para interpretar estes resultados... o aumento da criminalidade e sobretudo da pequena e média criminalidade em Portugal é de facto preocupante.
Alguns crimes hediondos, que fazem as manchetes de jornais, a abertura de telejornais…tem um forte impacto no sentimento de insegurança da população.

Contudo, não é decerto, com a permissão da pena de morte que se resolvem esses casos.

Aqui o que tem de funcionar e que não pode de modo nenhum falhar é a confiança que a sociedade em geral tem de ter na revalidação da norma jurídica violada. Não pode haver sentimento de impunidade pela violação dos bens jurídico - constitucionalmente tutelados.

O papel do Estado é fulcral. Mas não só…todos os agentes influentes devem transparecer esta ideia.
Mais. Ninguém deve lavar as mãos da sua responsabilidade.

by: Mara Lagriminha

especulações à parte



no momento em que cada vez mais se discute os contornos da morte do cantor, e se especula à volta da sua morte. que se começam a criar mitos á Hollywood, embrenhados em campanhas de marketing cujo exclusivo objecto é comercial, parece-me de todo despropositado e sobretudo repugnante que se façam malabarismos á volta da morte daquele que é considerado pela maioria como o rei da pop.
Morte Natural??? Assassinado???
Como adivinhar a verdade??? quando existem milheres de interesses que circundam este assunto como se de nevoeiro de madrugada se tratasse. Seja como for...esta é a versao Mickael Jackson que eu admiro - socialmente cortante, que brilhantemente mostra as descriminaçoes num estrondoso : they dont care about us!!!!!

Mi encanta Madrid - a cidade dos mil mundos ;)




Todas as chegadas parecem sempre uma partida…logo ao desembarcar sabemos que o tempo é limitado…e que os nossos sentidos não conseguem assimilar tudo o que nos rodeia…Madrid parece desde o primeiro instante grande demais…movimentado demais…e apaixonante demais…embarcar numa aventura eleva-nos a adrenalina ao máximo…cada viagem transforma-nos…quando regressamos já não somos os mesmos…e no entanto…continuamos iguais…entre a abismal exaltação do momento e o normal nervosismo e decepção ao marcarmos a agenda e percebermos que grande parte do nosso tempo vai ser em congressos…confesso que de inicio me aterrorizava saber que tinha o dever e a obrigação de ter uma boa prestação, de não falhar…de apresentar a minha exposição de forma segura e douta…coisa que não é fácil, quando estamos na casa dos vintes e os nossos colegas maioritariamente na casa dos quarentas…cinquentas…e raras excepções dos trintas…sei que não devia…mas já me imaginava a ficar vermelhíssima e a ter no ultimo momento uma branca…daquelas que costumam acontecer na faculdade quando nos sentimos intimidados perante os senhores professores doutores não sei das quantinhas que já pertencem à mobília das magnânimas e excelentíssimas universidades portuguesas a abarrotarem…arcaicas e enfim…tudo aquilo que nós já sabemos…esse pequeno receio consumia-me…


na viagem para o Hotel admirava cada rua…cada pessoa…as magnificas avenidas, o transito caótico…os prédios elegantes…o progresso em construção por todo o lado!!! Aqui em Madrid podemos encontrar de tudo…os centros negociais globalizados, o pequeno comercio e as grandes superfícies. A arte e o boémio…tudo!!! Ponto de paragem: NH Paseo del Prado, melhores referencias impossível…bem localizado, entre os pólos históricos da cidade, o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia e o Museu Thyssen. Já para não falar do Parlamento e do Botânico.

A vista é magnifica e depois de estar devidamente instalada a motivação elevou-se. Sem duvida esta é a prova de que devemos sempre aproveitar as oportunidades sejam elas no futuro recompensadas ou não…quanto a mim…só pelas instalações já valeu a pena!!!!!


Agora toca a descobrir Madrid, perto do edifício de Espanha deparamo-nos logo com os grandes Sancho Pança e D. Quixote!!!! Na Gran Via, plena Plaza de Espanã podemos ver como tudo se vive a um ritmo alucinante!!! Apesar de querer explorar o mundo da arte entranhado no Museu do Prado…terá de ficar para outra altura…por hora apenas poderei contemplar o seu edifício.

Mais chocante é saber que mesmo perto do nosso alojamento se encontra o Museu Rainha Sofia- Dios mio, como é maravilhoso, este edifício agrega obras de pintores tão excepcionais como Salvador Dali, Picasso e muitos outros…No que diz respeito a monumentos dois ficarão para sempre gravados na minha mente, para alem de belíssimos, estão bem cuidados, penso que os portugueses deviam de aprender com nuestros hermanos…nós temos monumentos lindos em Portugal…grande parte deles ao abandono e mal cuidados, o Estado tem de ter essa preocupação.


Não só para preservar a nossa historia, mas sobretudo para poder revelar essa historia aos portugueses e ao mundo que nos visita. Os monumentos são o nosso cartão de visita…merecem ser conservados e respeitados, na cultura o tudo é sempre pouco…e o nosso pouco tem sido praticamente nada…entre linhas à parte, voltemos a Madrid: dois edifícios brutais, Plaza de las Cibeles e claro como não podia deixar de ser o Palacio real de Madrid. Para realmente se conhecer a cultura madrilena e a historia de cada um destes monumentos uns dias não chegam, a não ser que esse seja o objectivo.



Conhecer Madrid é viver Madrid!!! Ao escrever as notas no meu diário de viagem e ao lê-las agora, para organizar o jornal do blog, penso na noite, no tempo que ficamos nas esplanadas… e que esplanadas, admito que era capaz de passar horas na Plaza Mayor, não só pela beleza, mas por tudo ou quase tudo se localizar ali, as lojas…os restaurantes…os tapas…



E por falar em comida!!! Bem, aí Madrid sabe receber!!! A comida é um estrondo. E eu que sou um belo garfo e adoro comer, adoro explorar a gastronomia típica fiquei impressionada e fã. Lugares a destacar, o “Madrilia”, este lugar para alem de ter a comidinha típica mediterrânica, impressiona sobretudo pela decoração. Fomos devidamente aconselhados a experimentar e ficamos fãs. Segundo os madrilenos, este local é sensual e intimista. Não nego e subscrevo. Aqui podemos comer que nem marajás ;) ao som de musica ambiente.



Mas aqui os Tapas reinam, e para isso, existem locais completamente especializados, a destacar na minha perspectiva o “Meson Museo del Jamon” onde o presunto é imperador, e o Restaurante Flamenco, neste não só se comem bons tapas, como podemos assistir a espectáculos de flamenco. E o flamenco é caliente!!! Estilo que nem apreciava, mas em Espanha o flamenco é sangue, é ar, é euforia e excitação. Eles sentem o flamenco como nós sentimos o fado!!! E confesso…adorei os espectáculos, e o vinho sempre bem servido ;)



Os tapas são então a jóia da coroa, e eu adoro esses petiscos de preferência bem regados com vinho tinto, o que vale é que os meus acompanhantes ainda são piores que eu, não sei quem tem menos juízo..a avaliar pela idade ;), ora venham os tapas, no topo para mim ficaram 3 pratos a aconselhar: a tortilla de patatas com compota de pimientos de piquillo, o Jamon ibérico de bellota, e o salmon ahumado com mousse de queso!!! Qual deles o melhor!!! Na generalidade são todos ehhehe. Ate nos horários das refeições eles são exagerados, almoçar as 16h é tido como normal, os restaurantes a partir das 14h começam a estar movimentados, e o jantar então…meus amigos a partir das 21h ate de madrugada (nalguns casos) é hora de jantarada!!!


No fundo, esta dedicação á mesa pareceu-me muito bem vista. Acho que ate me habituava a jantaradas de 3h ;). Nos dois primeiros dias a minha preocupação era não abusar…aquela coisa da primeira impressão e tal…contudo…la me deixei depois levar pelos prazeres da vida. Estávamos ou não estávamos em equipa? Então á que ser solidário ;)



Pós jantares os bares começam a vibrar…os deveres das manhas que devem ser frescas e produtivas não me permitiram uma grande abordagem da vida nocturna, mas aqui á um pouco de tudo, desde dos pub’s, ás grandes discotecas.



Incrivelmente, durante 4 dias aquilo que mais ouvíamos falar quando íamos a um café, a uma esplanada, a um restaurante, sempre que percebiam que éramos portugueses: adivinhem??? É isso mesmo Cristiano Ronaldo! Incrível o efeito que o futebol tem nas pessoas????!!!!! Acho que os tempos salazaristas para Portugal e Franquistas para Espanha, tiveram consequências desastrosas na nossa mentalidade e forma de vermos a vida. A começar pelo futebol! Salazar dizia: dêem Fátima ás mulheres e Futebol aos homens…ainda bem que havia uma ou duas mulheres que estavam-se borrifando para Fátima e um ou dois homens que se estavam borrifando para o futebol…graças a esses foi possível abrir olhos e mobilizar um povo…parece que voltamos a esses tempos, o frenesim Cristiano Ronaldo, é tão grande em Madrid, que seguramente é tema de 70% das conversas destes madrilenos…bem pelo menos uma coisa positiva, os espanhóis passaram a admirar os portugueses…ainda que personificados num só homem e com interesse próprio.


O que o Futebol conseguiu que a historia não conseguiu fazer!!! É de espantar!!!!! Cinismos á parte de que Portugal e Espanha são irmãos, a verdade é que sempre houve uma rivalidade e um desprezo de muitos espanhóis para com Portugal e de muitos portugueses a desejarem fazer parte dessa nacionalidade perdendo a nossa autonomia, que na boca de alguns nunca devia ter acontecido. Historia à parte, é a loucura quando sabem que somos portugueses!!! Se muitos soubessem o que me vai na mente…


No que diz respeito aos seminários, não podia ter sido mais produtivo. nervosismo á parte e vermelhões na face (que interessa isso afinal), voz inicialmente tremida e alguns sorrisos para disfarçar...ar ainda mais serio para disfarçar ainda mais...gesticular como é habito..e bola para a frente!!! No final, o resultado foi positivo ;)


Agora que está de resto, e a partida está a chegar… posso dizer uma coisa AMEI MADRID!!! Vejo-me a viver em Madrid!!! É uma metrópole como eu gosto, com vida agitada como eu gosto e que ao mesmo tempo consegue preservar a sua historia. Voltaria …nem que fosse pela comida!!!!

By:Mara Lagriminha

...

SIGO E SINTO O QUE NÃO QUERO
MAS LUTO OBSTINADA
ADMIRANDO
QUEM SOUBE SER TUDO
MESMO NÃO QUERENDO SER NADA!!!!

by: Mara Lagriminha

cogitum

A saudade do sentimento
é um mero bocejar
toda a obra é um tormento
que se sente e não se consegue explicar
Sentir...Sentir é pensar
e Pensar é não saber
é não acreditar...
é duvidar constantemente...
Não saber se sou eu...ou alguem que me invade
E os sorrisos sao passado
Porque o presente...o presente é só o presente
não vê o futuro...vê a incognita...o desconhecido...
Leio Pessoa...o heroi escondido...mascarado...
tambem ele sabe bem o que é ser e não ser parecido
com aqueles que nos advem dos sentidos...

Adormeço...inquieta mergulhada na escuridao
vagueio no meu proprio sonho
procurando a verdade e não a velha ilusao

Queria mais...muito mais
mas acabo por não conseguir...
por me sentir sempre insatisfeita
e o Mundo...
é um instante impossivel de se ouvir...

e tomam-me como louca
e tenho que concordar...
entre o genio e a loucura...
devaneio na minha mente
e nem sei com quem a partilhar...

dentro de nós há sempre muitos
muitos que não conhecemos
dentro de nós há verdadeiros baus desconhecidos
seculos perdidos que nunca arriscamos abrir.

E em cada novo momento
um a um sabe como entrar
lembrando as mascaras do teatro
e nem sequer delas devemos duvidar
afinal a mascara muda mas a personagem é a mesma

E que fazer então?
Aceitar, ou cair em tentação?

"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens"
será?
ser poeta é delirar
é procurar e omitir o que na verdade estamos a sentir
ser poeta é distorcer é inventar um mundo novo
para la deste que estamos habituados a conhecer
ser poeta é criar, criar e criar
ser poeta é nunca mais descansar
ser poeta é inquietação!
e vale a pena pensar?
vale a pena questionar?
Pessoa responde sem me deixar ripostar:

"tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

by: Mara Lagriminha

pirates of caribbean music ;) alucinante ;)





as interminaveis aventuras de Jack Sparrow pelos confins dos mares. Fantasia?? Ficção?? seja o que for, e que o "for" é de se lhe tirar o chapeu. Um Jonny Depp no seu melhor. Fas do filme (saga) ou não... aqui fica o som, para fantasiar nesses mares das caraibas!!!

relax...whit Purple

strange purple love...



"...Passou tempo e eu não esperava que, um dia, chegasses. Mas passou tempo. Um dia, chegaste.
Caminhávamos na rua. Eu pensava em qualquer coisa que não era a ideia de chegares,
como uma avalanche que arrasta tudo à sua passagem, como uma multidão a pisar cada pedaço
de terra. E a rua ficou deserta quando nos aproximámos. Éramos desconhecidos no instante
em que olhámos um para o outro. Passou esse instante e, dentro de nós conhecemo-nos.
Chegaste. Eu não te esperava. Contigo trouxeste a ternura, o desejo e, mais tarde, o medo.
Chegaste e eu não conhecia essa ternura, esse desejo. Em casa, no meu quarto, neste quarto,
revi os teus olhos na memória, a ternura, o desejo. E, depois, aquilo que eu sabia, o medo.
E passou tempo. Eu e tu sentimos esse tempo a passar mas, quando nos encontrámos de novo,
soubemos que não nos tínhamos separado..." José Luís Peixoto

reflexos



Conheço-me…
Os traços do rosto esguio…como sempre o foram…
Covas fundas nas faces…
Olheiras das insónias…
Olhos expressivos…
Denunciantes de todos os estados de espírito.
Azuis…de lágrimas de um mar longínquo.
Sim.
Conheço-me… o espelho não mente…
Cabelos ondulados…
Desalinhados… como sempre foram…
Fecho os olhos…toco o meu rosto…
E vejo os momentos que formaram cada traço…
Conheço-me…mas já não sou eu…
Que interessa o aspecto…
Os olhos denunciantes…os cabelos desalinhados…o rosto longo e esguio…
Quando já não sou EU.
Hoje sei que tudo o que fui foi necessário.
Amei e odiei cada face deste processo…
transformei…
Regredi…Evoluí.
Idealizei…Acordei…Decepcionei-me e Decepcionei…
Vezes e vezes sem conta…
Acreditei...Voltei a Sonhar!!! Reivindiquei!!!
Revoltei...Liderei!!!
Escrevi...e apaguei...
A embriagues da vida é a ressaca de cada acordar…
Olho de novo para o espelho…
Reflicto metamorficamente...
E percebo…
CRESCI!!!!!

by: Mara Lagriminha

Antidoto



Como o sangue, corremos dentro dos corpos no momento em que abismos os puxam e devoram. Atravessamos cada ramo das árvores interiores que crescem do peito e se estendem pelos braços, pelas pernas, pelos olhares. As raízes agarram-se ao coração e nós cobrimos cada dedo fino dessas raízes que se fecham e apertam e esmagam essa pedra de fogo. Como sangue, somos lágrimas. Como sangue, existimos dentro dos gestos. As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos. E somos o vento, os caminhos do vento sobre os rostos. O vento dentro da escuridão como o único objecto que pode ser tocado. Debaixo da pele, envolvemos as memórias, as ideias, a esperança e o desencanto.


Jose Luis Peixoto

freneticamente diferente

estranhava...essa vã convicção da estupidez que entranhava a minha alma...o meu corpo...que consumia as minhas memorias...que sufocava a minha respiraçao. estranhava e não...esse virus que já faz parte de mim...suores e arrepios de um alem que já esta aqui. olhos fechados como abertos num desaire freneticamente do que quero, do que consigo e do que sou...Não! não estranho...sei!Quem não se deixa contaminar? é a historia da humanidade na busca incessante por tudo e por nada!!!! Tantas as horas...imunes perante a zanga dos meus pensamentos...tantas as horas...embriagadas e anestesiadas. Tantas as sombras alheias e indiscretas...sussuram ao ouvido e eu...Eu ja nao quero ouvir...não mais quero ouvir!!! Quero sentir!!! Quero respirar!!! Quero abster-me da dor e da euforia!!! Quero o merecido antidoto para beber a vida!!!

by: Mara Lagriminha

selfish love



criticas de videoclip á parte (não interessa a discussao que impera no Youtube) popular ou não, a verdade é que a letra, a voz e o som estao bem concebidos e funcionam na Perfeição na totalidade. subjectivamente GOSTO. tras boa energia e boas vibrações.

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