TEMOS GOVERNO!!!!

«Um Governo de combate político. Esta é a principal conclusão que se pode tirar do perfil do XVIII Governo Constitucional, que ontem José Sócrates apresentou ao Presidente da República e que tomará posse na próxima segunda-feira. José Sócrates apostou no seu núcleo duro de ministros com experiência política e colocou--os em áreas-chave para ter quem responda aos argumentos da oposição, resguardando-o a si de um desgaste constante, inerente à minoria com que vai ter de governar.
Mas há outras conclusões importantes a realçar.
Teremos um Governo que dará prioridade à economia. A transição de um dos ministros com mais trabalho feito na anterior legislatura, Vieira da Silva, para a pasta deixada vaga por Manuel Pinho, e a entrada de um sindicalista para a área do Trabalho, revela a preocupação com o combate aos altos níveis de desemprego e também com a necessidade de apoiar as empresas portuguesas e captar investimento estrangeiro. Além disso, a aposta em António Mendonça nas Obras Públicas, um economista que tem defendido o investimento público e as grandes obras como solução contra a crise (do TGV ao aeroporto), mostra que essa se manterá como uma opção estruturante.
Trata-se, também, de um Governo de gestão. Outra ilação a retirar da lista de 16 ministros, oito dos quais são caras novas e oito transitam do Executivo anterior, dois deles em pastas diferentes. Como esta não vai ser uma legislatura de grandes reformas, que já foram feitas, mas sim da sua implementação, José Sócrates escolheu personalidades que concordam com a suas posições e de inquestionável competência técnica.
É um Governo que reflecte os resultados eleitorais. O primeiro-ministro minoritário percebeu que a constituição do novo Executivo tinha de ser o reflexo do eleitorado e das contestações recentes às políticas do Governo e optou por mudar áreas polémicas como a educação, a cultura ou a agricultura. Isabel Alçada, uma professora que conhece por dentro o sector, na Educação, Gabriela Canavilhas, uma pianista premiada, na Cultura, ou Alberto Martins, um homem de Coimbra para uma Justiça muito marcada por coimbrões, são como que "clones" da opção de sucesso que foi a médica Ana Jorge à frente da Saúde.
Um Governo com uma viragem à esquerda. Uma última interpretação a fazer sobre o novo Executivo. José Sócrates não só apostou em nomes da área mais à esquerda do seu partido, dos quais se deve salientar, além de Alberto Martins, Helena André, a sindicalista escolhida para a pasta do trabalho - que se juntam a Vieira da Silva e a Ana Jorge -, como tenta agradar a bandeiras dessa esquerda: além do número de mulheres no Executivo (cinco, quase um terço), aposta no combate ao desemprego e uma das primeiras medidas que tomará depois de reconduzido será o casamento entre homossexuais.
Em resumo: José Sócrates investe nas áreas fundamentais em tempos de crise, a Economia, o Trabalho e as Finanças - onde, obviamente se mantém Teixeira dos Santos -, cria um Governo com músculo político e nervos de aço para enfrentar uma oposição feroz perante uma minoria, além de tentar pacificar os sectores mais polémicos. Pode resultar. Sobretudo defendê-lo-á nos primeiros, e mais duros, dois anos iniciais da nova legislatura.»
IN, DIÁRIO DE NOTICIAS - EDITORIAL
concordo com o editorial do DN.
A constituição do novo governo aponta para uma legislatura preocupada com as questões económicas, mas sobretudo com um grande cariz social subjacente ás reformas que já foram começadas, e que se querem implementar nestes quatro anos.
De salientar a escolha de Helena André, na pasta do trabalho.
Por outro lado, em primeira apreciação Sócrates, coloca a questão e a matéria da Igualdade como uma prioridade, nomeadamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É necessário honrar os compromissos eleitorais, mais do que uma questão de divergência politica, e que "parte" a direita e a esquerda, é uma questão de dignidade do ser humano, enquanto ser que deve e tem o direito de desenvolver em pleno a sua personalidade no seu todo.
Uma última palavra para a inclusão de 5 mulheres no executivo. Estou satisfeita por terem aumentado o número de mulheres no governo, sobretudo pela qualidade das escolhas. Se é suficiente??? Bem, ideal era paridade absoluta, contudo é um principio, sendo o governo que mais mulheres incluiu no executivo.
Termino, desejando que seja um governo de sucesso, em todas as matérias que são cruciais para o desenvolvimento económico, social, cultural do país.
Para bem de todos.

A guerra dos sexos tambem num futuro governo???

- Com a publicação da Lei da Paridade o PS, como partido que preza e valoriza a Igualdade de género assumiu com a nação um compromisso que já mantinha internamente no Partido Socialista.
Considero que foi uma grande passo em prol da igualdade no acesso a órgãos políticos.
Não entendo ,como muitos entenderam, que seria uma facada no mérito para premiar o género e logo remendaria-se uma discriminação com outra, uma vez que haveria uma imposição legal no acesso a tais cargos. Não concordo. E acho tais argumentos falaciosos e tendenciosos de direita conservadora e também de alguma esquerda ortodoxa e sectária.
A Lei da Paridade consagra um principio há muito acolhido no nosso direito, de discriminação positiva.
Não aceito, nem poderia aceitar que se diga que, por existir uma lei da paridade, signifique que as escolhas sejam feitas sem o critério do mérito, ou dito de outro modo, que o mérito seria uma carta fora do baralho, o que interessa é que sejam mulheres independentemente de serem capazes ou medíocres.
Mais. Para ser mais clara ainda, o que estes senhores e senhoras insinuaram na altura foi que quem entrasse pela quota não tinha mérito. É esse atestado de incompetência dado por alguns ás mulheres portuguesas que justificam claramente a existência de uma legislação que sirva para habituar a sociedade e a comunidade em geral no acesso das mulheres aos órgãos políticos.
Na verdade, tal foi feito nas democracias mais modernas do mundo. Tendo os nórdicos sido pioneiros nessa matéria.
Quando se fala em lutar pela igualdade não significa necessariamente que haja uma manifesta desigualdade, ou uma manifesta discriminação.
O que existia nesta matéria era uma discrepância suficientemente significativa naquilo que era o hábito ou o costume nas escolhas dos órgãos de direcção dos partidos que “a priori” colocavam nas listas para os principais órgãos de poder e nas primeiras opções mais, muitos mais homens do que mulheres.
Justificando-se em absoluto a intervenção normativa, para promover a igualdade de oportunidades também das mulheres no acesso a lugares cimeiros nessas listas e consequentemente nos órgãos políticos, parece-me evidente que assim seja, servindo os instrumentos normativos de carácter temporário exactamente para isso, ou seja, para que aquilo que na sociedade não tem sido usual até ao momento passe a ser comum e normal.
Com isto, significa também dar voz a muitas mulheres competentes, com mérito, fazendo com que estas se destaquem pelo seu valor e sejam também elas, chamadas a ter uma palavra a dizer na causa pública.
Ouviram-se barbaridades, como se a mulher portuguesa de hoje que ocupa em maioria as universidades portugueses, a mulher portuguesa de hoje qualificada, que promove a carreira, ao mesmo tempo que ainda se ocupa da família. A mulher portuguesa de hoje que tem a capacidade de realizar vários actos ao mesmo tempo, e que até noutra acepção está habituada a gerir a casa, a família e a carreira, fosse uma incapaz de gerir a coisa pública. Ridículo. Mas esperado. Como todas as matérias ligadas à igualdade o são.

- Provou-se este ano que afinal não foi assim tão difícil encontrar mulheres com mérito para integrarem as listas dos partidos e serem partes integrantes nas listas das legislativas e das autárquicas.

- Assim, urge que o governo de José Sócrates tenha mais uma vez um acto de promoção da igualdade no acesso aos cargos executivos.

- considerando que é directriz ideológica do partido socialista a promoção da igualdade em todas as suas vertentes, inclusive no acesso aos cargos de direcção nas empresas, sendo possível criar-se legislação nesse sentido e incentivando de diversas formas essa promoção (nomeadamente em termos fiscais…), sendo vergonhoso Portugal ser um país que qualifica numa percentagem estrondosamente mulheres e que depois não lhes permita chegar as cargos cimeiros nas empresas em que trabalham.

- deste modo, cabe agora a José Sócrates, primar sim, por um governo que seja o melhor governo para Portugal, onde certamente se incluem opções feitas no feminino, opções essas que certamente não envergonham Portugal.
O que envergonha Portugal, é sermos dos governos europeus que menos mulheres integra no seu executivo.
A ver vamos…
by: Mara Lagriminha

voyage

e porque a vida não se pode resumir aos espectros jurídicos que talham os meus dias e ás questões politicas, decidi finalmente e merecidamente creio eu, tirar uma semaninha de férias. confesso, que inicialmente pensei em dois ou três dias, o suficiente para recarregar energias. contudo, não devemos ser só modestos no lazer e só rigorosos no trabalho. há que saber mediar. e para que sejam cinco dias de pleno lazer decidi fazer um roteiro pelo Douro. e vou ser bem rigorosa, sobretudo nos lugares a visitar. Confesso também que não me consigo abstrair dos lugares que já vi, e que desejo ansiosamente visitar. um roteiro rigoroso, até para não me perder ;-). Sim, porque esse é o desespero dos sonhadores, pode parecer ridículo, mas acontece-me sucessivamente. a distracção e a incapacidade de reparar nos chamados pontos de referência...mas enfim....é pela aventura, e para me restabelecer para as grandes mudanças que se avizinham!!! e seguindo os conselhos dos amigos, eu preciso mesmo de relaxar!!!!

em breve

DOURO AÍ VOU EU!!!!!

A LER E A COMPRAR

CRISÁLIDA,
OBRA POÉTICA DA AUTORIA DE ANA PALMA
FOTOGRAFIA DE HELDER ROQUE
EDITORIAL MINERVA

«duvido que algum dia sejam folheadas
as páginas deste meu escrito
que sejam passadas, relidas,
gastas e amadas...
se eu própria quando as leio,
logo a seguir as desacredito»

in, Crisálida, por Ana Palma
jovem poetisa de 26 anos, quanto a mim tenho a certeza que este seu pequeno livro será lido, relido, folheado e amado.
Crisálida, numa livraria Minerva perto de sí!!!!

pensamento do dia ;)

um amigo disse-me:

pára
ouve
e depois avança.

há alturas na vida em que temos de abrandar.
e outras em que não devemos perder um minuto a pensar e avançar logo.

chegou a altura de escolher e decidir.

a reflectir

«e quem alguma vez sentiu profundamente quão insípida, falsa e sentimental é esta proposição num mundo cuja essência é a vontade de poder» Nietzsche

de facto, a experiência leva-me a concluir que é de facto a vontade de poder que move muitos moinhos.

num século de tantos desafios convem perguntar:

onde se perdeu a vontade social?
onde se perdeu a vontade de transformar o mundo?

A proposito da democracia!

A moralidade democrática e a superioridade moral de alguns seres que se julgam predestinados a feitos maiores, são na sua essência nojentas.

Nojentas porque o que se pede da democracia não é a moralidade com todos os defeitos que se pode apontar a esta. O que se pede à democracia é o cumprimento na essência de um estado de direito democrático. Um normativo legal, conquistado por um povo e assumido por um Estado.

Cada vez que oiço, como tenho ouvido nos últimos tempos, que estão para surgir uns elementos apolíticos, supremamente maiores que os outros (aqueles que são políticos) fico enjoada.

Não valorizando ou desvalorizando os partidos que se têm ou as máquinas partidárias que existem, não deixa também de ser verdade que essa grande, grande maquina chamada poder local atraí e mobiliza cada vez mais gente, com maquina ou sem maquina.

Aqueles que são capacitados e os que não são. Mas haverá moral no julgamento de tais capacidades quando nunca se fez nada para se mostrar que “A” ou “B” é mais capaz? Creio que não.

Esse mito do homem maior! Esse mito do homem que não se compromete com nada a não ser consigo mesmo, leva a situações abismais e que poderiam ser anti-democráticas na base da moral, mas que de facto são democráticas na base legal, note-se o caso de Isaltino Morais em Oeiras, sem uma máquina, um independente a braços com a justiça e nos ombros do povo.

Nesta perspectiva Nietzsche tinha uma teoria interessante «a democratização da Europa é ao mesmo tempo, uma instituição involuntária para a criação de tiranos – entendida esta palavra em todos os sentidos, mesmo no mais espiritual.» certamente, que divirjo de Nietzsche em quase toda a sua filosofia, que representa ela mesma um modelo de sociedade, um modelo em que eu, jamais me reveria e que abomino totalmente.

Contudo, nesta expressão concordo. Para se respeitar a democracia têm de se ter atenção a determinados subterfúgios electivos que alguns sedosos de poder usam e abusam, mais uma vez, note-se o caso de Isaltino entre tantos outros que surgiram pelo país.

Deste modo, para discutir a essência daquilo que é a intervenção cívica teremos de ser rigorosos e justos. Aceitando que não existem seres superiores, existem homens e mulheres de coragem, alguns com mais do que outros, é verdade, mas que se revêem num projecto ou num modelo de sociedade e que têm de o trabalhar e de o identificar à comunidade em geral.

É essa a génese e que faz os grandes líderes.

Não acredito em Homens superiores, mas em Causas e Projectos superiores.

by: Mara Lagriminha

as coisas que se ouvem e se lêem

Sempre me deu algum gozo o combate ideológico…só tenho pena da minha natural impulsividade não tolerar argumentos de palas…tudo o que é extremista torna-se demasiado maçudo.

Em vez de ser um combate em diálogo, torna-se para alguns um verdadeiro monólogo…mas um monólogo maldizente, um monólogo ferido, com o amargo sabor da derrota.
Compreendemos…

Mas a história prova, e de que forma, que as campanhas negras, campanhas munidas de argumentos ad hominem, são mais tarde censuradas pelo povo nas urnas. E ainda bem que assim é!

Mas quando alguns vêem vitórias onde apenas existe a derrota…onde alguns disfarçam um resultado desastroso fruto das escolhas e do conservadorismo ortodoxo, e da falta de visão de futuro, por um resultado que afinal… “não foi assim tão mau…quer dizer…foi mau…mas eles são uns burgueses, com meios assim e assado”.

Por favor!!! Ridículo !!!! E quem vê…por ali e por acolá… parece que não aprenderam nada com isso. Quantos anos a mais de história serão necessários, para que esses “senhores” reconheçam aquilo que é evidente. Não se pode ter a ousadia de se falar pelo “povo”, quando o povo é suficientemente claro na sua decisão. Lamentável... meu caro…lamentável….

By: Mara Lagriminha

pensamento do dia ;)

VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SE SER FELIZ!!!!!!



Coruche Passado e Presente - Contra imagens não há argumentos

quem hoje conhece a vila de Coruche, certamente não imaginaria, que onde existe hoje o verdejante Parque do Sorraia, ponto de encontro das várias gerações, onde se pode calmamente passear no final de tarde, tomar um café e ver o pôr do sol na esplanada...já fora outrora um ermo...com estacionamento desordenado, e um mercado sem o minimo de condições.

ISTO ERA PASSADO - 1999:



E

ISTO É O PRESENTE


(...o objectivo é reparar nas imagens. Não há comparação!)

PROGRESSO EM IMAGENS:

Nota: agradecimentos pelos videos a Pedro Ribeiro

Coruche - 1990



CORUCHE A VISITAR
A PAISAGEM
AS PESSOAS

(aqui estavamos em 1990)

agradecimentos especiais a Pedro Ribeiro (pela "descoberta" do video

AGORA SIM!!!!!!!! DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO

Existem momentos de glória, de triunfo. Minutos apenas de emoção, que valem dias de esforço, de cansaço, de suor…
O reconhecimento feito pela população do trabalho desenvolvido, é o maior reconhecimento que um autarca em sentido geral pode ter: O sentimento de dever-cumprido.
E de poder prospectivamente cumprir um novo programa que é sem dúvida alguma, o único dos apresentados em campanha eleitoral que tem um projecto sólido, sério e fazível no concelho de Coruche, faz com que todos os envolvidos nessa campanha sorriam, e estejam mormente satisfeitos. Mas vencer, triunfar, reforçar a maioria absoluta na CMC, e pela primeira vez, conquistarmos maioria absoluta na Assembleia Municipal, aumenta a nossa responsabilidade e o nosso compromisso.

É assim, que da minha parte, enquanto reeleita na Assembleia Municipal, e tendo aceitado ser número três a este órgão, é assim, repito, com responsabilidade e seriedade que TODOS os coruchenses poderão contar com o meu trabalho e o meu empenho.
Valeu a pena!
Valeu a pena mudar!

Provou-se que a democracia funciona. Provou-se que os coruchenses sabem distinguir os 8 anos de progresso dos outros…sabem distinguir quem faz politica séria, e quem faz politiquice.
Por isso, em meu nome e da minha estrutura (JS) mais uma vez, obrigado a todos!
By: Mara Lagriminha

MAIORIA ABSOLUTA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

http://coruche-js.blogspot.com/2009/10/maioria-absoluta-na-assembleia_12.html

6 JUNTAS DE FREGUESIA GANHAS PELO PS EM CORUCHE

http://coruche-js.blogspot.com/2009/10/6-juntas-de-freguesia-ganhas-pelo.html

MAIORIA ABSOLUTISSIMA NA CMC DE CORUCHE

http://coruche-js.blogspot.com/2009/10/maioria-ansolutissima-na-camara.html

mais do que uma sinfonia...uma História!



nada mais adequado para a recta final da campanha!
com gloria!
e vontade de fazer mais para AVANÇAR PORTUGAL!!!!!

sim!!! ainda faz diferença!! DIREITA, ESQUERDA E...OS OUTROS...

Entre olhos a piscar o inconsciente dos sonhos...aqui fica o mote para amanha...


«A origem da dicotomia política moderna (esquerda - direita) reflecte a transformação da divisão
espacial e simbólica numa divisão ideológica. A história é conhecida, mas merece ser recordada. Quando os Estados Gerais franceses decidem transformar-se em Assembleia Nacional Constituinte, ainda no ano de 1789, os deputados favoráveis ao veto legislativo do rei agrupam-se no lado direito da sala e aqueles que são contrários a essa prerrogativa real sentam-se do lado esquerdo. A divisão está criada e permanecerá em assembleias subsequentes. Mas a generalização do uso da dicotomia dá-se apenas durante as primeiras décadas do século XIX. É na França de 1815, com a Restauração da monarquia e o surgimento de um centro - e especialmente na sessão parlamentar de 1819-20 -, que direita e esquerda ficam mais claramente marcadas. Elas passam a corresponder, respectivamente, à velha e à nova França, aos ultra-realistas e aos liberais (para a génese e evolução da dicotomia em França, cf. Gauchet, 1992).

Mas o que é mais notável na dicotomia é a sua generalização a todos os modernos regimes constitucionais. À medida que o constitucionalismo liberaldemocrático cresce na Europa e no mundo, a dicotomia repete-se nos novos contextos. Por todo o lado existe uma direita e uma esquerda e em todo o lado é possível situar as diferentes forças políticas usando a dicotomia e as poucas variações que ela permite - o centro, o centro-direita, o centro-esquerda, os extremismos da esquerda e da direita.

Uma razão básica para a persistência da dicotomia pode estar na sua utilidade cognitiva. O espaço político dos regimes liberais-democráticos é plural. A divisão em direita e esquerda permite uma simplificação mental desse espaço e facilita a constituição de alternativas aos detentores do poder. Por isso a dicotomia é mais resistente do que as múltiplas e cambiantes designações de grupos, movimentos ou partidos.

Mas se a dicotomia é inseparável do pluralismo político, também é muitas vezes verdade que a sua negação está ligada a uma tentativa de superação do pluralismo democrático. Assim, é habitual que os inimigos da democracia, autoritários ou totalitários, insistam na sua des-identificação com a dicotomia e afirmem mesmo estar "para além da direita e da esquerda".
Porém, o mesmo tipo de linguagem de superação pode ser usado por aqueles que querem sobrevalorizar um qualquer centro e não propriamente negar o pluralismo político. Um exemplo
recente é a "terceira via" de Anthony Giddens, construída enquanto via média entre uma esquerda socialista e uma direita conservadora (cf. Giddens, 1994).»
Familiar não?????

um pouco de humor ;) a brincar a brincar....

http://www.imprensafalsa.com/

A importancia do Voto Útil

Reflection Time

Eis o termino próximo da campanha eleitoral.
Aproxima-se o período de reflexão onde os eleitores terão de avaliar os vários candidatos que se apresentam a estas legislativas.
Tal tarefa, sabemos, nunca é fácil. E não é fácil, não só porque os programas que se apresentam e que constituem as linhas estratégicas dos vários candidatos, tem a duração de uma legislatura, sendo que o período de campanha não permite explorar pormenorizadamente cada uma dessas questões de fundo.
Mas também, porque o discurso de alguns candidatos, mais preocupados com o populismo e o facilitismo das massas, ou da sua “massa” disfarçam, camuflam os problemas reais do país com propostas que ficam bem de ouvido, mas que na prática são impossíveis.
É essa linguagem demagógica e falaciosa, que a extrema-esquerda quer fazer ouvir.
De facto, o facilitismo do discurso e o dom da retórica tão caro a alguns protagonistas dessa facção não podem sobrepor-se à verdade dos factos.
Não a verdade dissimulada de MFL, mas a verdade de todos os portugueses que sabem, sim, sabem o quão difícil tem sido a crise internacional, e o esforço, que todos, temos feito nos últimos tempos.
É necessária seriedade. Seriedade cívica em primeiro lugar, e seriedade intelectual para discutir estes problemas. No balanço final, o único partido que mostrou um programa equilibrado nas diversas áreas de governação foi o Partido Socialista.
Podem alguns argumentar que o que esta aqui em causa não é a eleição do primeiro-ministro, mas a eleição dos deputados à AR dos diversos círculos eleitorais do país. É verdade. Não negamos. Contudo, é falso, que não esteja aqui em causa a eleição do futuro governo de Portugal. E é neste ponto que temos de nos focar. Se assim não fosse, seria irrelevante apresentar-se ou não programas de governo.
É essa matéria de facto que está em cima da mesa de voto, e que está nas mãos do povo, quando colocarem o seu voto na urna. E é com essa confiança, de que o programa do Partido Socialista, se assume claramente como um programa com sentido de governo, como nenhum outro partido conseguiu demonstrar nesta campanha, que confiamos que o resultado do dia 27 de Setembro emergirá, num voto de confiança ao PS, e de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na última legislatura, com todas as limitações económicas derivadas da crise internacional que assolou o mundo.

Decidir não é fácil. As escolhas nunca são fáceis. E ter na mão o poder de definir o futuro do país nos próximos anos, é uma grande responsabilidade. É essa responsabilidade que todos temos de ter e exercer aquilo que a doutrina politica chama de voto útil.
Tal como nós, sabemos que não queremos que a Dra. MFL comande os destinos do país e por acréscimo os nossos destinos, decerto que também você não quererá regredir nas políticas sociais que o governo de José Sócrates desenvolveu, decerto que não quererá um país com maiores desigualdades, um país conservador e retrógrado.
A única forma de tal não acontecer é votando no PS, o único partido de esquerda progressista que se apresenta nestas legislativas.
É este partido de esquerda que representa os vários níveis da população e que tem responsabilidade e sentido de Estado.
Sentido de Estado, por saber não só de onde vem, a sua tradição histórica de socialismo democrático, de luta pela liberdade, pela igualdade, pela democracia em sentido amplo, pela justiça, pela dignidade humana lato sensu, mas também por ter a consciência dos tempos que vivemos, de saber que só com uma forte aposta na formação dos jovens e adultos se poderá modernizar Portugal, por saber que a única forma de estarmos ao nível da media europeia é sermos reformistas, é intervirmos na sociedade, é transformarmos e inovarmos.

Por isso, o nosso voto será no PS.
E se está(S) indeciso, então a escolha só tem dois lados, o conservadorismo (PSD) ou o reformismo e o Progresso (PS). A escolha é tua!
E
Votar útil no próximo domingo é Votar PS!
By: Mara Lagriminha - coordenadora da Juventude Socialista de Coruche
(artigo também publicado no jornal virtual da concelhia)

e ja agora... para que não restem dúvidas.. parte 2



Sim!!!! Estas entrevistas foram em directo!!! E são verdade!!!!

mas para que não restem dúvidas...


Esta é a VERDADE


SIM...


AQUELA VERDADE, VERDADINHA....


UPS...


1928!!!!!!


Nem a propósito - ARTIGO DE OPINIÃO



E NÃO É QUE CHEGOU MESMO A HORA DA VERDADE?

A VERDADE DO VAZIO DE PROPOSTAS DO PSD NESTA CAMPANHA

CAMUFLADO COM «CASOS, INTRIGAS E CABALAS» COMO À MUITO NÃO SE VIA NA POLITICA PORTUGUESA!

Desesperados ou Desesperada ????????? ARTIGO DE OPINIAO

É verdadeiramente inacreditável…
Mais um dislate de MFL, e mais uma vez saiu-lhe muito mal. O tempo da demagogia falaciosa do PSD nestas eleições já lá vai.
Já toda a gente sabe o que esperar da Dra. MFL. E a capacidade que a mesma tem para inverter os papéis.
Ora vejamos:
Hoje afirma a líder do PSD, que, «PS revela estar "verdadeiramente desesperado"».
E porquê? Por se ter comparado a magnânima líder do PSD, aspirante a primeira-ministra, com o Salazar.
Oh Dra. Ferreira leite, não deveria ter mostrado a mesma indignação quando adoptou não só uma postura, mas também um discurso análogo aos “gloriosos” anos negros do Salazarismo?

Os argumentos de campanha parecem não preocupa-la, a tal ponto de considerar o caso do momento uma mera distracção eleitoral…distracção essa que desconcentra as atenções daquilo que é realmente relevante para resolver os problemas do país…

Será que foi a mesma MFL, que ainda ontem considerou a crise uma figura mítica…Ou não estamos a falar da mesma pessoa?

Ou será que é uma figura transfigurada daquela que lançou o tema da “asfixia democrática” tendo ficado completamente “asfixiada” com os casos que têm vindo a lume, poderia fazer uma enumeração exaustiva desde o inicio da campanha até ao momento. E tudo levaria a uma única conclusão: a dita asfixia democrática, existe sim…mas nos corredores e bandeiras do PSD, nas suspeitas que lançou contra o PS ao longo desta campanha, e que se vieram a comprovar infundadas.

Não merece respeito, nem a confiança dos portugueses, quando subverte essa própria confiança. Se agora o tema central da campanha é o tema da suspeição, uma coisa podemos estar certos, sabemos bem quem lançou a primeira pedra…e sabemos bem que a mesma pedra caiu nas mãos de quem a lançou.
Ora se vê quem realmente está desesperado.

By: Mara Lagriminha


«Escutas» ao que me obrigas!!!! - Artigo de Opinião

Quando se pensava que já se tinha visto de tudo na política nacional, eis que surge mais um caso escabroso para animar as campanhas eleitorais, acentuar a desconfiança nos políticos e perceber as estratégias caluniosas da direita para vencerem estas eleições a todo o custo.

Nada que me surpreenda, uma vez que há muito que um candidato a primeiro-ministro não era alvo de tantas calunias, injúrias e ataques pessoais, como o actual primeiro-ministro José Sócrates.

O que parecia um mero caso de Verão, sem sentido, não comentado por Belém, transforma-se agora num prenúncio de crise de Estado.

O que não passavam de suposições, vem agora a ser confirmado, pós noticia do DN…com a normal apatia do PR, sem respostas e deixando a suspeição no ar…sugerindo a possibilidade de haver escutas em Belém, a pedido do governo.
De Agosto até à manchete do Diário de Noticias, muito se tem especulado.

http://dn.sapo.pt/especiais/especial.aspx?especial=Caso%20das%20Escutas&seccao=Pol%EDtica

O facto do título já ser sugestivo e fazer todo o sentido, vem naturalmente confirmar que o caso das escutas, não passou de uma manobra de entretenimento que colocou em cheque o governo…e até mesmo o PR.
Vantagens???

Politicamente, sabemos bem quem tiraria vantagens deste escândalo, só MFL, e a sua mitigada politica de verdade, mais cinzenta já que os seus cartazes, poderia vir a facturar com a suspeição à volta deste caso, que como se vem a saber, até por Tolentino Nóbrega foi considerado paranóia do presidente e do seu assessor Fernando Lima.

Muito mais do que isto, a gravidade é intrínseca.

O PR comprometeu-se demasiado, deixando o clima de suspeita arrastar-se desde Agosto até agora.

Todos os factos apontavam para Fernando Lima, assessor de imprensa e homem de confiança de Cavaco Silva.

O seu “modus operandi” é desde inicio desajustado.
E com um só objectivo, criar uma manobra de distracção usando a Madeira (porque será?!) para disfarçar as alegadas suspeitas de Belém, sem de algum modo comprometer o PR, ou a si mesmo.
Cumpre agora questionar a ética e o profissionalismo deste senhor, na verdade, se houvesse reais suspeitas do gabinete do PR, não era decerto a comunicação social o meio mais idóneo para aferir da veracidade dessas suspeitas.

O que me leva a concluir que a lógica seria mesmo criar uma noticia que colocasse em causa as relações de S. Bento e Belém.

É ainda inadmissível que o PR tenha hesitado e demorado o tempo que demorou a resolver um assunto tão gravoso como este.

Amizade? Protecção a Fernando Lima?

Poderíamos novamente especular…
«Do não quero comentar…ao tomarei as devidas diligências no pós eleitoral…»

Por favor, não sejamos ingénuos. Em Agosto a questão da estabilidade eleitoral nem sequer se colocava, e a atitude do PR foi igual, ou seja, nenhuma.

Não é isto que os portugueses precisam.
É altura de retirar conclusões e não podemos de modo nenhum abster o comportamento da máquina laranja neste processo.

No fundo, o PR não quer comprometer as eleições? Ou não quer comprometer MFL? Tal como não quis comprometer Fernando Lima??
Afinal, tomou diligências ou não?
O que levou neste momento após declarações no sentido supra citado, à demissão de Fernando Lima....

É caso para dizer...
«Escutas a quanto me obrigas»
Num estado de direito democrático não se pode permitir situações deste género.
É isso que aqui está em causa.
Decerto que não é esta maquina laranja que os portugueses querem à frente dos destinos do país.
A escolha parece-me cada vez mais fácil.
By: Mara Lagriminha

O país de pernas para o ar

Os tempos são de terramotos.
O tempo em sí já não faz sentido.
Vivemos freneticamente.
É tempo de parar e (voltar) a pensar!
Afinal não são apenas os sufragios que deviam ser esmiuçados.
O país em sí, carregado de humor negro brinca aos policias e aos ladroes.
Ás secretas e secretismos.
Onde está afinal o sentido de Estado???
Se o chefe máximo do estado português, com todos os adjectivos que a carga desse cargo transporta, permite que o país esteja de pernas para o ar.
Afinal, havia outro...ou será que havia outra, por detras de toda esta história????
Muita tinta ainda vai correr....

sem medo de viver

«como mentor como líder, digo que, se há alguma coisa que você pode fazer faça! Se tem alguma coisa para dizer, diga! Pense com a sua própria cabeça! Fale com o coração. Nove me cada dez vezes, mesmo aqueles que não concordam com a sua posição, com os seus métodos, acções ou palavras deverão pelo menos respeita-lo por ter a coragem de tentar melhorar as coisas. E se, não respeitarem, bem, então que se lixem, de qualquer modo, não teria feito nenhuma diferença. O que interessa é que utilize as suas capacidades o melhor possível e só o poderá fazer se se livrar de estúpidos e inúteis coágulos de porcaria que lhe prejudicam a auto-estima e se impedir que eles se continuem a acumular durante o resto da sua vida. E é isso meu caro amigo que caracteriza a verdadeira liderança. Fazer o seu melhor correndo um determinado risco. Tomar uma posição enquanto se tenta desviar das bostas de vaca espalhadas pelo caminho da vida! E, quando pisar uma, algo que na vida é completamente normal e absolutamente inevitável, tudo o que poderá fazer é raspá-la do seu sapato e continuar a viagem sem pensar mais nisso.»

Dave Pelzer in « Sem medo de viver»

a politica de (in)verdade de Manuela Ferreira Leite

Para onde vai a Politica de Verdade de Manuela Ferreira Leite?

Os desaires desta senhora já são conhecidos. Desde as tristes intervenções relativamente à IVG, reveladoras de um conservadorismo extremo e desrespeitadoras da vontade da mulher, às intervenções relativamente ao casamento entre homossexuais até mesmo à surpreendente proposta para reformar Portugal, na sua óptica Portugal precisaria de uma interrupção da democracia por 6 meses, ou seja, dito de outro modo, de uma pequena ditadura.

De facto, já nada me surpreende. Porém alguns factos ainda me deixam intrigada, sobretudo quando o slogan de campanha do PSD se faz com “Politica de Verdade”.

Cabe perguntar, mas que verdade?
- a verdade de aumentar o conservadorismo e ter continuado a permitir que mulheres fossem julgadas por interromperem a gravidez?
- a verdade de em pleno século XXI ainda morrerem mulheres em vãos de escada pela pratica de aborto?
- a verdade de não permitir que pessoas do mesmo sexo que partilham uma vida em comum tenham acesso aos mesmos direitos e deveres que aquelas de sexo diferente?
- a verdade de não perceber e de não aplaudir o complemento solidário para idosos que faz toda a diferença nos bolsos dos nossos reformados?
- a verdade de querer rasgar, sim rasgar, foi a palavra por ela usada para se referir ás politicas sociais promovidas pelo governo de José Sócrates?
Afinal que politica de verdade é esta? Que não olha para os que mais precisam, que não defende a promoção das políticas sociais, que não luta pela igualdade de direitos?


Mas presumo que todos percebemos a politica de verdade da doutora Manuela Ferreira Leite, percebemos aquando o processo para a lista de deputados do PSD, com o claro afastamento das vozes criticas da sua liderança e com o ingresso na lista de deputados de nomes como o de António Preto, arguido por fraude fiscal e falsificação e de Helena Lopes da Costa, arguida por abuso de poder, no âmbito do processo das casas atribuídas pela Câmara de Lisboa.

Esta é a verdadeira política de verdade de Manuela Ferreira Leite. E certo é que esta não pode ser a Politica de verdade que Portugal precisa para avançar!

by: Mara Lagriminha

contra o conservadorismo e a hipocrisia

Existem coisas que me deixam mesmo revoltada!

A intransigência, ignorância e discriminação são sem dúvida algumas delas. Sobretudo quando vêm de pessoas que deveriam ser idóneas para os cargos que ocupam, ora note-se as declarações de Gabriel Olim ao Jornal I (saliente-se que este senhor é presidente do IPS): «quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação».
A Juventude Socialista, alinhando no movimento pela Igualdade não pode ficar indiferente a estas declarações.

Ser socialista é respeitar a diferença e não permitir nenhuma forma de discriminação.

By: Mara Lagriminha

SURF VALE 1700 MILHOES DE EUROS NA EUROPA

Caso para dizer “ondas de paixão e de lucro”.
A visão espiritual e afectiva da modalidade está de facto ultrapassada. A imprensa dá conhecimento dos números milionários ligados a este desporto. Para lá da filosofia e do contacto com a natureza, aliando o estilo de vida saudável e respeitador do ambiente, está um negócio. Na verdade nunca tinha pensado nisso, mas os estudos de mercado são categóricos, tudo o que está ligado ao bem-estar é negócio garantido. Sobretudo quando falamos de um desporto mundial e com fieis seguidores. “em Portugal existem já cerca de 30 mil praticantes regulares e a evolução deverá ser exponencial nos próximos anos. Na Europa, o mercado de artigos relacionados com esta modalidade já vale quase 1700 milhões de Euros, a estimativa para Portugal é de 100 milhões, enquanto nos EUA, onde o surf é muito enraizado, os números mais do que duplicam: as vendas norte-americanas totalizaram 5 mil milhões de Euros no ano passado”.
«Lifestyle – é isso que vendem as marcas». Não podemos ficar indiferentes a este fenómeno, quando a Indústria do bem-estar está em todo o lado, fica aqui a abertura de mercado para inúmeros produtos e claro, oportunidades de negócio em tempos de crise.
Por fim, só uma curiosidade, 45,2% dos europeus que se iniciam no surf são mulheres ;)

o marketing eleitoral na blogosfera

A revista visão n.º 857 de 6 a 12 de Agosto dá destaque à importância crescente da blogosfera e da internet nas campanhas políticas.

Sobre o tema cumpre fazer algumas considerações:

Sem dúvida que a partir do que assistimos na campanha para as presidênciais nos EUA, e com o fenómeno global denominado Barack Obama, que tudo mudou na óptica do marketing eleitoral.

Existe uma plataforma incontrolável de ideias, opiniões, sugestões, argumentos e contra-argumentos uns mais validos do que outros é certo, alojados no mundo virtual. Esta plataforma virtual de campanha eleitoral, acessível ao mundo global pode fazer toda a diferença.

Hoje nenhuma campanha, seja ela a nível local ou nacional se pode alhear deste fenómeno. E de tertúlia em tertúlia, a cada clique cabe questionar:
Da política para os blogues ou dos blogues para a politica?
Tal não é o círculo de influência que a blogosfera conquistou, não só sendo tema de debate dos melhores comentadores políticos, mas sobretudo, por estar aos olhos da opinião pública em geral.
Uns mais à esquerda, outros mais à direita, no espaço global há de tudo um pouco.
Decidem lideres e marcam a agenda dos candidatos (note-se o encontro de José Sócrates com os bloggers nacionais).

Mais do que tudo, nesses jornais virtuais, ganham-se e perdem-se eleições, nascem e são destruídos candidatos. Surgem novos “actores políticos” e rapidamente se passa de herói a vilão.

Não critico nem condeno, mas penso que falta perseverança e controlo legal no que diz respeito a comentários insultuosos e ofensivos da honra e bom nome dos candidatos. Onde a palavra chega, os limites legais são fundamentais, apesar de muito se poder escrever sobre o tema e de se poder argumentar que existe controlo das fontes, a verdade é que é um processo moroso e muitas vezes sem qualquer resultado.

E no panorama nacional, de facto devemos olhar para os blogues oficiais e com qualidade. Assumindo essa qualidade, assume-se também a qualidade dos seus autores como estrategas e com capacidades para contribuir para o bem da “polis”. Veja-se o caso de João Galamba, conhecido blogger e membro fundador do Simplex, actualmente candidato a deputado pelo Circulo eleitoral de Santarém pelo PS. É o primeiro blogger a ingressar uma lista de deputados, abrindo naturalmente espaço para esta nova realidade.

A realidade mudou, e os outdoors deixaram de ser apenas cartazes espalhados pelas ruas, estradas e colocados em lugares estratégicos, passaram a fazer parte da sua corrente, da sua rede, verdadeiros outdoors virtuais, com excelentes vantagens sobretudo ao nível da apresentação dos candidatos, e dos programas eleitorais.
Deste modo, e não fugindo a minha concelhia a esta nova realidade, aqui fica os endereços a visitar, para o projecto Coruche 2009.
http://www.dionisiomendes2009.com/
http://coruche-js.blogspot.com/

a subtileza do universo

hoje...nem sei porque escrevo... não estou num daqueles dias em que tenho de libertar a alma! Pelo contrario...o ar hoje está respirável...há algum tempo que não sentia a liberdade de respirar sozinha...talvez o hábito e o engenho de viver obrigatoriamente entre multidões me tenha deixado mal habituada...talvez...seja o ar, seja o hábito...a verdade é que hoje inexplicavelmente sinto-me livre!!! LIVRE!!! é essa a palavra!!! LIVRE de tudo e de todos!!!! Por uma noite e só por uma noite!!!! E a paisagem liberta-me de qualquer pensamento...afasta as tempestades aquelas tempestades que fazem parte da vida que escolhi...sim...vá lá deixem-se de moralismos...não posso culpar ninguém...foi minha a escolha e são minhas as consequências... mas nunca nem por um secundo quereria voltar atrás!!!! TUDO VALE A PENA QUANDO A ALMA NAO É PEQUENA!!! e a minha é imensa!!!! para lá da água que escorre do céu...estão os campos verdes e vivos...como a vida!!!! E EU SINTO-ME INCRIVELMENTE VIVA por isso hoje não sei porque escrevo...hoje só sei...BEBO ALEGREMENTE O VERBO DA VIDA!!!!
By: Mara Lagriminha

agora sim

A vida tem contornos que a razão e a emoção desconhecem…
Estamos constantemente a ser surpreendidos pelos enigmas talhados em verbos desconhecidos…enigmas que nos deixam perplexos…sem reacção…

De todos os enigmas da vida aquele que ainda tem a capacidade de me deixar perplexa, é o enigma da natureza humana…natureza que nos apregoamos de conhecer…

Mas a única verdade escondida é que, nunca conhecemos profundamente o ser humano…a racionalidade faz com que sejamos capazes das piores injustiças e atrocidades.
Definir as pessoas é mais difícil que vencer o euromilhões.

Dizem os sábios que não nos podemos queixar de não ganhar, se não jogarmos. Porém na vida não nos podemos bajular do mesmo. Todos entramos nesse jogo. Vivemos em sociedade. Somos guiados por valores que nos foram entregues sem os entendermos. Fazemos desses valores o norte da nossa vida. Porque os interpretamos e julgamos serem os mais correctos dentro da magnânima ideia de justiça.

Se evoluímos, se nos concentramos nos nossos objectivos e se os alcançamos encontramos no caminho uma infinidade de seres humanos que mostram o pior da sua racionalidade e humanidade.
Infelizmente já senti essa dor…essa dor de não sabermos mais se somos nós ou os outros que estamos certos ou errados.
Contudo…depois de um período difícil digo sem medos nem receios, sou agora mais forte. Porque vejo e não olho. E se agi de acordo com os meus valores e princípios estou agora bem mais segura daquilo que a minha consciência me disse.
Finalmente…estou a respirar… Consegues sentir o vento a bater no teu rosto?
É maravilhoso sentir a Liberdade!
Sentir que não baixamos os braços no primeiro fracasso, no primeiro obstáculo, que nos fortalecemos com cada um dele.
«Alimentamo-nos do negativismo e das ideias de fracasso…tememos cada uma delas, rejeitamo-las e não nos esforçamos para as compreender, quando as compreenderes conseguirás ultrapassá-las e desligarás a tua concentração do “não” para o “eu consigo”.»
Esta frase marcou alguns dos momentos mais importantes da minha vida, graças a ele (o autor) mesmo quando está tudo escuro, consigo sempre encontrar uma pequena lamparina.
Se consigo manter a minha mente limpa, e recuperar de todos os dissabores e de todos os momentos de dor, é porque aprendi a valorizar a serenidade e o espiritualismo, a não temer, a não rejeitar e a compreender até o negativismo das ideias.
Agora sim…
Depois de os ventos terem deitado as velas abaixo…decidi compô-las.
Agora sim…
Consegui compreender…
Agora sim…
Sei que este passo que eu tanto queria e tanto desejo, vai trazer muitas lágrimas…mas tenho a certeza que também vai trazer muitos sorrisos, e é nesses que tenho de me concentrar.
Agora sim…
Voltei a respirar…
Tudo passa…tudo muda…nada é permanente…
BY: Mara Lagriminha

perfeito vazio...




Os desejos são o ópio do amor. O alimento da paixão. E a corrupção do pensar...
Guardo em mim turbilhões de sentimentos...que desabrocham no passado vestidos de saudade mas...
"ás vezes eu fico imóvel...pairando no vazio...num perfeito vazio...ás vezes lá fora faz mais frio"...e o meu lado existencialista parece falar mais alto...deleito então os meus pensamentos no vermelho do copo, como quem experimenta o prazer da purificação pecadora, água benta golo a golo...e tudo desvanece...
A obessessão da existência, o solipsismo do pensar e do agir, mergulhados no morbido orgulho que escreve as linhas do meu destino vencem o ópio e não traçam o teu caminho no meu caminho.
E aquilo que me aterroriza, que me asfixia solta-se nas linhas já percorridas...
E sim...
"ás vezes aqui faz frio...
ás vezes eu fico imóvel...
pairando no vazio"
absolutamente embriagada na escuridao de todos os amanheceres iguais e perturbadores...
"abre-se a janela
benvindos á minha casa...
ao meu lado mais profundo..
onde eu saio por vezes...
para conquistar o mundo
by: mara lagriminha ( nota: em italico-xutos e pontapes)

Safari no Inferno, considerações sobre a Mutilaçao Genital Feminina


O respeito pela dignidade da pessoa humana, e o respeito pelos direitos humanos está constantemente a ser posto em causa em vários recantos do Mundo.

É intolerável, aceitar esse desrespeito. É intolerável, sacrificar o bem maior e supremo que é a vida humana e a auto-determinação desta em prol de outros valores mascarados e maquiavélicos, que disfarçam tortura num amplo conceito de tradição.

Nesta matéria, a mutilação genital feminina é sem dúvida um caso chocante desse desrespeito, aliás, aqui a palavra a usar não deve ser só de desrespeito, mas de ofensa à integridade física grave, que nalguns casos leva á morte.

O “modus operandi”deste acto consiste numa prática em que parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças são removidos. Há vários tipos, que por sua vez têm gravidades diferentes. Segundo as várias tradições são removidos o clítoris ou os lábios vaginais. Uma das práticas de maior gravidade – chamada infibulação - consiste na costura dos lábios vaginais ou do clítoris, deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação. Aproximadamente 15 % das mutilações em África são infibulações.

Todas as formas de discriminação e de violência devem ser condenadas. Não se percebe como num mundo que se quer civilizado, ainda possam ocorrer episódios destes.
A mutilação genital feminina é um acto de barbárie contra jovens, algumas delas até na idade adulta, e contra bebes, recém-nascidas. Não podemos ser indiferentes a esta situação, para mais quando estudos comprovam que existe mutilação genital feminina a ser cometida em Portugal.
Em 2002, numa grande reportagem do Jornal Público, assinada pela jornalista Sofia Branco, pode comprovar-se isso mesmo, a ler e a analisar em http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Mutilacao_Genital_Feminina.htm.

Hoje, mais uma vez vêm a público, uma grande reportagem a passar na RTP1 denominada Safari no Inferno, esta é segundo a jornalista “uma viagem sobre a violação dos direitos humanos. A não perder.
Até porque, a Mutilação Genital Feminina não só é um puro acto de violência contra quem não se consegue defender, contra a parte mais fraca, como é crime. Previsto e punido pela nossa legislação, pelo direito comunitário e pelo direito internacional. Não se pode fechar os olhos a esta situação.
De frisar, que as consequências não são apenas (se é que num caso como este se pode usar a palavra “apenas”) físicas, mas também psicológicas, efeitos esses irreversíveis para o resto da vida.

Entendendo em abstracto a valorização da Identidade cultural de cada povo, e o respeito pelas tradições, decerto, que num estado de colisão de direitos fundamentos se deve de abdicar deste direito, nesta situação em concreto, por dois direitos maiores, o direito da mulher na auto- determinação do seu corpo e do seu normal desenvolvimento psico-sexual e numa maior medida, o respeito pela sua dignidade humana.
É inconcebível aceitar uma violência desta natureza, por essa violência se camuflar num costume ou numa tradição.
Para se obter justiça e a consagração, a pratica real daquilo que está estipulado na legislação europeia, só se conseguirá erradicando de uma vez por todas esta barbárie.
by: Mara Lagriminha


Tainted Love - versao Marilyn Manson



Sometimes I feel I've got to
Run away I've got to
Get away ...

Os malabarismos eleitorais - CORUCHE 2009

Estamos em plena época eleitoral, ainda não no auge…mas já se começa a delinear as primeiras estratégias, e sobretudo, os estrategas que muita tinta ainda farão correr nos próximos tempos.
Coruche, naturalmente não é excepção.
Mas mais do que a Campanha em mesma, o que realmente me desconcerta é a forma de fazer campanha que já está a começar a revelar-se por alguns.
Porém, para pensar o futuro, temos de avaliar o passado, um passado ainda muito recente.
Ora veja-se, quem acompanhou de perto durante quatro anos as sessões da Assembleia Municipal deve recordar-se de alguns episódios dignos dos melhores tablóides de jornal deste país…
Naturalmente que quem não tem nada para dizer, ou muito pouco para dizer, acaba por cometer gafes, cair no discurso falacioso.
A falta de ideias é veneno que corrói a sociedade, ainda mais se atendermos a um concelho com a dimensão do concelho de Coruche, com as suas características próprias, e com um passado de 25 anos de governação CDU.
Se existissem ideias, âmbito temporal não faltou para as demonstrar… contudo tal não se verificou. Mas pior do que não ter ideias, é perceber que não se é alternativa…aí o veneno torna-se fatal e caí-se completamente no ridículo.
Perceber que quem agora esta à frente do concelho e quem suporta essa liderança tem um projecto que não se limita ao ultimo mandato, mas com visão e planificação de futuro. Foi o que aconteceu na apresentação do Plano Estratégico Coruche 2020 pelo Prof. Augusto Mateus, na sessão extraordinária de 22 de Abril de 2009.
Cumpre fazer algumas considerações sobre este triste episódio.
Considerações essas que revelam bem, o panorama da oposição em Coruche ao PS:
- O que se tem verificado no decorrer deste mandato da AM é bem revelador daquilo que o maior partido da oposição nesta Assembleia, tem para oferecer aos cidadãos do nosso concelho, ou seja, um verdadeiro vazio político, sem alternativas e sem ideias fundamentadas.
No fundo, o que temos aferido é que o dogma da CDU, ora umas vezes crente no seu longínquo passado, ora outras vezes completamente perdido e de braços cruzados, se tem revelado impotente e com uma atitude em que em nada contribui para o progresso e desenvolvimento do concelho de Coruche. Ainda para mais, numa altura em que urgem soluções e contributos derivados sobretudo da conciliação entre as varias forças politicas. Ora, na AM, órgão, que devia ser o palco dessa conciliação tal não acontece.

- É este alheamento e esta politica do bota-abaixo que se tornou patente na referida sessão da Assembleia.

Nada que nos surpreenda.
Como não nos surpreende os mecanismos usados, nem os ataques pessoais usados, em actos de desespero. Afinal é este o respeito que tem por Abril.
As atitudes são a demonstração exterior dos compromissos que cada um de nós têm. E a atitude demonstrada pela CDU revelou bem o que tem para oferecer a Coruche. Irresponsabilidade, Desprendimento e Apatia por aquilo que é o Futuro.
E é essa mesma apatia, que agora quer renascer das cinzas…perguntam vocês: Projectos? Não! Essa é a parte que realmente não muda. No corredor dos estrategas, é curioso saber quem vai assumir a candidatura, e com que moldes se envergará essa candidatura.

Mas mais do que este historial, na verdade o palco eleitoral em Coruche trás novidades.

Ate que ponto algumas são subterfúgios? Metáforas?

A essa questão naturalmente não posso responder. Mas como eleitora tenho a minha opinião. Na realidade, não nos podemos alhear destes novos movimentos que surgem e brincam com as palavras. E não, não estou a criticar. Estou apenas a avaliar. Tudo o que for lufadas de ar fresco e contributos positivos para o desenvolvimento do concelho terão naturalmente o meu apoio e a minha observação.
Mas será essa a pretensão? Com candidatos anunciados, e listas a proliferarem por aí…de todo que não me parece tão só e apenas uma lufada de ar fresco, positivamente contributiva…juízos de valor à parte, e ainda á espera de perceber do que realmente se trata, observo na janela dos sentidos, tentando colocar a intuição de lado para acompanhar os próximos desenvolvimentos.
Mas para compor ainda mais este palco, eis que deambulava eu pela net, quando deparo com o site do Bloco de Esquerda distrital de Santarém… e aí sim… não posso deixar de comentar.

Já é sabido que o Bloco irá apresentar uma candidatura ao concelho de Coruche, e que está a organizar a sua lista. Neste âmbito, está escrito o seguinte: “ também em Coruche o Bloco está a construir listas e conta apresentar-se como alternativa ao cinzentismo instalado naquele concelho”

Cinzentismo??? Foi de facto esta a palavra utilizada pelos bloquistas. Realmente, tal só revela um total desconhecimento sobre a realidade do concelho. E sobretudo, sobre o progresso e desenvolvimento que se tem prosseguido e que está a olhos vistos até pelo cidadão mais desatento. Por aqui, já podemos avaliar o tom da campanha.

Mas vamos aos factos, não descreverei aquilo que se tem de obras e de betão, porque essas são as obras evidentes, que saltão a olhos vistos e que por regra não constam na boca da oposição.
Mas falaremos daquilo que enquanto jovem e dirigente socialista me preocupa, e que tem sido cumprido, ao nível da política social pelo partido socialista na câmara municipal de Coruche, nomeadamente:

O programa Casas com Gente, o Programa de Apoio ao Conforto Habitacional, o Cartão do Reformado, as Bolsas de Estudo, o Apoio aos Passes Escolares, a Residência Estudantil, a Unidade Móvel de Saúde, o Apoio ao Centro de Dia da Fajarda e Lamarosa, o Apoio à Requalificação do Lar da Misericórdia, o Apoio à Construção da Unidade de Cuidados Continuados e o Apoio ao Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social.

De facto, falar de Coruche, é sentir Coruche. É estar no terreno e sentir os problemas dos munícipes. Não é adjectivar sem conhecer a realidade do concelho.
Faltou o conselho municipal de juventude estar a funcionar, mas de momento já está em fase de projecto o regulamento, com o qual a concelhia de Coruche da juventude socialista se congratula.

É neste âmbito, que de facto o palco eleitoral de Coruche vai estar a fervilhar.
Mas a democracia é isto mesmo, panóplias de candidaturas. E ainda bem.
Esperemos então que essa panóplia de candidaturas, traga também uma panóplia de ideias. E sobretudo que haja uma discussão politica produtiva e útil para todos.

Da minha parte e da minha liderança na Concelhia é exactamente isso que quero dar e quero ver. Apoiamos a candidatura de Dionísio Mendes á CM, e de José Coelho á AM porque consideramos que o trabalho realizado nos últimos mandatos foi de saudar, pelo desenvolvimento, progresso e visão que coincide com a nossa visão para o concelho. Mas sobretudo, porque estamos certos, que tal vale não só pelo que foi, mas também por aquilo que ainda se pretende fazer.
É pela continuidade e para que Coruche continue a INSPIRAR que estamos ao lado do Partido Socialista. Termino apenas, frisando a importância do voto na AM, esta é o órgão deliberativo do concelho, é de toda a importância reforçar a nossa percentagem na AM, pelos motivos acima expostos, penso que não são necessárias mais palavras.

Interpretações à parte, arregaçamos os braços e continuamos a trabalhar, como sempre fizemos.

by: Mara Lagriminha

A pena de morte e o sistema penal portugues



Nos meandros da discussão argumentativa, eis que surge mais uma vez o tema da pena de morte. Tal não seria de admirar, uma vez que não é novidade na agenda tal discussão. Contudo, parece-me evidente que mais do que o tema em si, o que releva aqui é na verdade os resultados…resultados que confirmam que cerca de 20% da população portuguesa concorda com a aplicação da pena de morte em Portugal.
Atendendo a esse facto, cumpre fazer algumas considerações, sobretudo em matéria de direito penal.
Deste modo, o vastíssimo movimento da reforma penal é penetrado por um património de ideias que radicam num fundo político-criminal comum, e que procuram retirar dele, em maior ou menor medida, as consequências relevantes para uma reconformação da estrutura, da hierarquia e do campo de aplicação das penas e medidas de segurança.
Assim, nesta lógica, deve salientar-se as linhas orientadoras e reformistas que constituem os ramos do mesmo tronco de política criminal comum. Em primeiro lugar, a restrição do âmbito e da frequência de aplicação das penas privativas da liberdade, em segundo lugar, a luta decidida contra as penas de prisão de curta-duração, conducentes á sua substituição, na generalidade ou na maioria dos casos (note-se a ultima alteração legislativa em matéria de politica criminal com o substancial reforço destas) por outro lado, aumentou-se consideravelmente o reforço da aplicação de penas não detentivas da liberdade. E sobretudo, diminuir o efeito estigmatizante e logo criminógeno da aplicação da pena de prisão.
Contudo, é exactamente neste ponto que reside a problemática da questão. Se por um lado, ao Estado, como mentor da politica criminal pertence o poder-dever de diminuir o efeito estigmatizante do cumprimento da pena de prisão, deste modo evitando possivelmente futuros casos de reincidência, por outro lado, o Estado no desenvolvimento desta sua função, não se pode imiscuir do seu papel de protector, sobretudo das expectativas da comunidade em geral, na punição criminal da norma violada.
Na junção de todas estas matérias, a politica criminal visa sobretudo a conformidade com a ideia de Estado de Direito, sem naturalmente prejudicar ou aprofundar o seu conteúdo social, que deve respeitar e entender.

Assim, no desenvolvimento das sucessivas reformas penais portuguesa deve salientar-se com grande relevo, o facto de se ter mantido a recusa, tradicional no direito penal português, de consagração da pena de morte e da pena de prisão perpétua.
Tal ocorre em conformidade em nome de um principio de humanidade, neste ponto, o nosso direito penal pode considerar-se pioneiro. Jescheck, definia assim o principio em causa: «todas as relações humanas, abarcadas pelo direito penal na sua mais lata acepção devem ser ordenadas na base da recíproca comunicação, da responsabilidade comunitária pelo homem que foi punido, da livre responsabilidade para o auxilio e cuidado sociais e da vontade decidida de recuperar o criminoso condenado».

Na verdade, este tema da eficácia ou ingenuidade da reabilitação por um lado, e querela sobre a justificação ou não da pena de morte, é mote doutrinário ainda em muitos países, com “n” querelas doutrinarias sobre ambas as opiniões.

Contudo, do ponto de vista jurídico, é praticamente unânime a doutrina que considera a pena de morte como injustificável à luz dos fins das penas e que vê na prisão perpetua uma pena cruel e desnecessária.

Por outro lado, não nos podemos abster daquilo que é ditado pela nossa Constituição da Republica (CRP) que proíbe, e muito bem, (votação em AR por unanimidade, recorde-se) a pena de morte e a prisão perpétua.

Deste modo, não só a nossa base constitucional, mas também a nossa base penal, dita que o sistema sancionatório português assenta na concepção básica de que a pena privativa da liberdade (sendo admitido por todos, que a pena de prisão é um instrumento que os ordenamentos jurídico - penais actuais não conseguem prescindir) constitui a ultima ratio da política criminal. Deste modo, há que respeitar na sua aplicação o princípio da necessidade, da proporcionalidade e da subsidiariedade da pena de prisão.
Por outro lado é também notório o princípio sobre o qual nenhuma pena envolve a perda de direitos civis, profissionais e políticos. Deste modo impede-se a automaticidade dos efeitos das penas.

Assim sendo, confessando que sou uma profunda admiradora do texto constitucional, embora critica em alguns pontos, no que se refere á matéria penal, sempre muito discutida e que naturalmente pela sua especificidade nunca agrada a gregos e a troianos, no fundo, em geral, penso que há que frisar e aplaudir o esforço que o(s) legislador(es) português(es) sempre fez no plano normativo no sentido de limitar a estigmatização. Esta linha norteadora, tem de ser saudada como um elemento fulcral do programa politico criminal de um estado de direito que se diga Democrático e Social.

Nesta óptica é inconcebível que se pondere e se aceite a aplicação da pena de morte, num mundo que se quer civilizado.
Mais do que considerações pessoais, a verdade é que ainda ninguém, que possa defender tal situação, me conseguiu demonstrar com argumentos validos os benefícios de tal implantação.
Mais…a experiência demonstra que a existência da pena de morte não diminui os índices de criminalidade. Veja-se os Estados onde tal é permitido. Somos Europeus, estamos inseridos na União Europeia, que não permite a pena de morte, nem a extradição para países em que tal pena seja aplicável ao caso. Também o Tribunal Penal Internacional não admite a pena de morte.

O que a realidade demonstra é que a aplicação da pena de morte não diminui os índices de criminalidade, como é impossível de funcionar como elemento preventivo.
Por outro lado, e na minha óptica o mais importante, teremos nós o poder sobre a vida de outrem????
Parece-me que não. Já para não falar que o sistema judicial (infelizmente) é falível, relembro os casos chocantes que ocorreram nos Estados Unidos da América.

Nas palavras de Fernanda Palma concordando inteiramente, “seja como for, a repulsa que alguns crimes nos suscitam não pode, por si só, levar a modificar o nosso sistema. A prisão perpétua não desmotiva mais o criminoso do que uma longa pena de prisão, que pode alterar todo o curso de uma vida. Uma pena não perpétua pode conduzir, numa certa percentagem, à recuperação do delinquente e à defesa da sociedade. Tal como a vida, a liberdade, que faz de nós pessoas plenas, não deve ser retirada para todo o sempre. Mas isso não significa que se exclua, em casos muitos graves, um sistema complementar de medidas de segurança que protejam eficazmente a sociedade, aplicáveis a imputáveis perigosos após o cumprimento da pena de prisão.”

Nesta conformidade, não posso tolerar, nem do ponto de vista jurídico, nem do ponto de vista social, a pena de morte.

A pena de morte é um atentado aos direitos humanos, é um atentado á dignidade do ser humano. Os americanos defendem que não se deve combater terrorismo com terrorismo, deviam também entender aquilo que os Europeus (pelo menos alguns) já entenderam, não se combate o crime com mais crime. Não se pune um homicídio com outro.

A confiança na reabilitação não está apenas nas mãos do criminoso, está sobretudo na capacidade que a sociedade tem para prover essa reabilitação, e na confiança no sistema preventivo.

Por outro lado, a minha sensibilidade social também me desperta para interpretar estes resultados... o aumento da criminalidade e sobretudo da pequena e média criminalidade em Portugal é de facto preocupante.
Alguns crimes hediondos, que fazem as manchetes de jornais, a abertura de telejornais…tem um forte impacto no sentimento de insegurança da população.

Contudo, não é decerto, com a permissão da pena de morte que se resolvem esses casos.

Aqui o que tem de funcionar e que não pode de modo nenhum falhar é a confiança que a sociedade em geral tem de ter na revalidação da norma jurídica violada. Não pode haver sentimento de impunidade pela violação dos bens jurídico - constitucionalmente tutelados.

O papel do Estado é fulcral. Mas não só…todos os agentes influentes devem transparecer esta ideia.
Mais. Ninguém deve lavar as mãos da sua responsabilidade.

by: Mara Lagriminha

especulações à parte



no momento em que cada vez mais se discute os contornos da morte do cantor, e se especula à volta da sua morte. que se começam a criar mitos á Hollywood, embrenhados em campanhas de marketing cujo exclusivo objecto é comercial, parece-me de todo despropositado e sobretudo repugnante que se façam malabarismos á volta da morte daquele que é considerado pela maioria como o rei da pop.
Morte Natural??? Assassinado???
Como adivinhar a verdade??? quando existem milheres de interesses que circundam este assunto como se de nevoeiro de madrugada se tratasse. Seja como for...esta é a versao Mickael Jackson que eu admiro - socialmente cortante, que brilhantemente mostra as descriminaçoes num estrondoso : they dont care about us!!!!!

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