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16 DE JUNHO ;) um ano mais velha

Os nossos sonhos podem parecer longínquos, tão longínquos de alcançar quanto um oásis no meio do deserto. E a distância desse oásis cria a ansiedade na nossa mente. Se a nossa mente for forte e treinada ela não permitira que confundamos a miragem com o oásis. Se ela for fraca acabamos por nos render, sem por em causa ou duvidar! Os obstáculos nada mais são do que um treino para o sucesso! E a nossa sede não será uma fraqueza. Pelo contrário, ela educará os nossos sentidos e eles saberão onde encontrar o oceano! Os obstáculos estão a cada passo. Mas o desejo de vencer e marcar a diferença é mais forte. Por isso, educa, treina, e apura os teus sentidos…
Hoje a cada lágrima eu devo 2 sorrisos. A cada queda eu levanto-me de cabeça erguida. E a cada desilusão, eu penso naquilo que tenho e que já consegui! E a cada derrota apenas mais um passo para a maturidade da vitoria! Aprendi a cultivar a paciência. Aprendi a encarar a vida com serenidade…mas ainda não aprendi a controlar a minha ansiedade. Aprendi a caminhar nesta estrada, a procurar o meu oásis, a lidar com os elogios e a não me abalar com as críticas. Ambos são 2 pratos da mesma balança. Que pesa as decisões da minha vida!
E no solipsismo da reflexão escrevo cada página cheia de perguntas retóricas a deambularem por entre parágrafos, pontos, virgulas e reticencias. E neste turbilhão de seres dentro do meu Eu…continuo a Sonhar e a Sonhar…e o meu pensamento viaja na minha natural distracção…E trago em mim as frases e a inspiração daqueles que me motivam a fazer mais e melhor! Porque esse é o sentido de continuarmos a procurar o oásis no deserto. E cada passo em direcção a ele traça o percurso da nossa realização. E a minha realização ainda esta em construção. E é nesse estado de potência que a quero construir! Sabendo que o nosso mais e melhor ainda não é Tudo!
E é esse desejo em potência que transforma o carvão em diamante. E que nos faz sentir que vale a pena! Sentir o cansaço e as noites sem dormir! Que vale a pena existir! E ate…que vale a pena sofrer! Por isso, não me interessa o que pensam daquilo que eu faço, porque eu não sou o que faço! Mas o que faço, faz parte de mim!
Todo o percurso nunca é fácil, mas a historia mostra o que faz os percursos serem diferentes e como podem fazer a diferença no universo daqueles que estão dispostos a suportar e a aprender com as dificuldades.
A diferença está nos pormenores, na atenção que lhe damos, nas coisas simples, nas partículas que as compõem…nas pessoas importantes que guardamos e acarinhamos, na sensibilidade de acreditarmos, e sobretudo na percepção de que para receber primeiro temos de dar. É essa transformação assimilada que faz, marca e traduz a diferença daqueles que entendem que a obra nasce mesmo antes de ter sido criada! E porque também eu, tive e tenho oportunidade de partilhar a minha vida com as vidas de outras pessoas fantásticas que me realizam e me constroem a cada segundo, que me fortalecem e me fazem empenhar que agradeço e bebo a vida a longos tragos!!!! Porque o carvão só se transformara em diamante com essa vivência. E que diamante vale mais que uma vida plena? Nenhum!!!

obrigado a todos...

by: Mara Lagriminha

hj estou mm saudosista ;)



LINDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Porque a minha força é imortal



«à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade regenera-me, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal.» José luís Peixoto

Eu quero Eu consigo!!!!

vertigens mentais



“…Boris Fausto cita as festas de sociedade, onde as pessoas não conversam: vão disparando frases, tentando vencer a resistência do alarido. Vou mais longe: a cultura do ruído surgiu e instalou-se, precisamente, para esconder a vacuidade das pessoas. Para esconder, no fundo, como os seres humanos se tornam desinteressantes. Nada para dizer. Nada para escutar. Ás vezes, o ruído em volta é até um alívio (para eles) e uma benesse (para nós)”. (excerto de Avenida Paulista, by Joao Pereira Coutinho)

Nunca se sentiram sós no meu de uma multidão???

Esta pergunta assola-me a mente...sussurra baixinho e depois eleva o tom...cada vez mais me questiono acerca deste vácuo da sociedade. Absorvo cada instante em que estou sozinha...porquê??? É tão raro conseguirmos ouvirmo-nos a nós mesmos. Vivemos por força das circunstâncias rodeados de pessoas que na maioria não nos dizem nada.

E brindamos...Valha-nos o copo na mão, para passar tempo...para fingirmos que está tudo bem...venham os apertos de mão e o como tem passado, há muito tempo que não a vejo? E os sorrisos como que desculpa do nosso descontentamento.
Acende-se o cigarro e dispersam os pensamentos no fumo que ora inalamos ora expiramos. Depois o tique tradicional, telemóvel para a mão, e rascunhar uma qualquer mensagem para uma qualquer pessoa. Só para nos ocupar a mente. «Como os seres humanos se tornaram desinteressantes...» Será????

Sempre fui amante das multidões. E sempre gostei ainda mais de as observar. De avaliar como nos movimentamos em grupo. Decerto que elaborei milhares de teses e muitas delas tornaram-se verdadeiros doutoramentos behavioristas.

Que estupidez...logo eu que nunca defendi o comportamento mecanicista do ser humano e aquela teoria horrível de que o meio não só nos condiciona mas também nos molda àquilo que nós somos e nos tornamos. Sempre contestei. Porque sempre acreditei no ser humano. E a historia não me deixa mentir...mas também não me deixa fugir completamente de assumir de que o meio não é absoluto, mas tem um papel importante.

E a música toca e leva-me para outro mundo. De repente já não estou no meio de algo que sempre detestei, mas o dever obriga...todo o conservadorismo sempre me assustou. Mais! Sempre me repugnou!!! Quantas vezes desejamos fugir...escondermo-nos do mundo!!! Admito!!! Eu faço parte desse clube.

momentos na vida em que temos de tomar decisões, decisões que modificam completamente a nossa forma de estar e o nosso circulo de influencia. Não é fácil. Cria tantas desavenças interiores...que as palavras seriam modestas para conseguir expor tudo aquilo que essas decisões significam.
É preciso coragem para mudar.
E como um grande amigo dixit: para deixarmos de fazer fretes sociais.

Não me consigo contentar com a cultura do ruído. Amo o meu silencio. Amo as tardes de campo e os montes alentejanos. Amo as praias com pouca gente. Amo ver nascer o sol e contemplar a junção do céu com o mar. Amo andar nas nuvens, estar no meu mundinho.
Será egocentrismo??? Ou pura desilusao???
Não sei... sinceramente não sei...
O que sei, é que o maior tesouro é aquele que está dentro de nós. E os pormenores, as coisas simples são as que tem mais valor...
Porquê o ruído, porque o aceitamos como se fizesse parte de nós???
Não tem de ser assim, e não deve ser assim.

Acabou a bebida...fumei o cigarro...e a musica continua...

by: Mara Lagriminha

com shakespeare



«o débil, acovardado, indeciso e servil não conhece, nem pode conhecer o generoso impulso que guia aquele que confia em si mesmo, e cujo prazer não é o de ter conseguido a vitoria. Mas o de se ter sentido capaz de conquistá-la».

é lamentavel cruzarmo-nos tantas e diversas vezes com pessoas do primeiro tipo descrito. Temos pena. eu continuo a fazer parte daqueles e daquelas que ainda acreditam no potencial do ser humano. O meu gosto e o que eu consegui, é muito maior que tudo o resto. tenho a minha dignidade. e o gosto de ter sido capaz de a conquistar.

E o que parecia impossivel aconteceu...

Em dia de leitura de acontecimentos os jornais nacionais não deixaram duvidas...
O resultado eleitoral de ontem com a derrota do PS, trouxe consequencias maiores do que aquelas que eram esperadas...
Este mal estar que se sente, deriva na minha óptica claramente, do modo de como foram conduzidas estas eleições europeias...
Que Europa?
Que Europa podemos nós desejar, quando tudo o que se discutiu foi politiquice de bota abaixo contra o governo.

Os partidos não souberam fazer politica europeia...pior...não quiseram fazer politica europeia.

É este oportunismo politico feito pela oposição, mais preocupada com o Partido Socialista, do que em explicar o seu projecto europeu, que leva a resultados de abstenção tão elevados.

Este tipo de politica só descredibiliza a classe politica e afasta os eleitores das urnas.

Nada mais seria de esperar, quando os partidos da estrema esquerda não acreditam, não se preocupam e ate contestam o projecto europeu...se assim é não se entende o porquê de concorrerem, mas percebe-se porque o querem fazer.

E aqui a palavra é aproveitamento, é usar o populismo e a politica do "querer ouvir, então vamos falar". É isto que tem para oferecer... agora o problema e aqui devemos reflectir é a interpretação dos resultados, nomeadamente do bloco de esquerda e do partido comunista.

No fundo a vitoria do PSD poderá enquadrar-se neste raciocínio...Como é possível...como é possível estando comprovado o desgaste das politicas de direita e a sua responsabilidade internacional na situação de crise mundial...

Mas o que tem de sair deste resultado, é não dar por adquirida a vitoria...
Ainda muito a fazer.

E um erro não pode ser cometido mais do que uma vez.

«as palavras sobrevivem ao sangue que suja até as revoluções. Não é o sangue, são as palavras que quebram a corrente do destino e introduzem a esperança na Historia.» Olympe de Gouges, é esta a motivação que nós temos de ter. Não fazer das palavras demagogia, mas usa-las para o bem publico, para algo maior, para algo que tem mudado e transformado a sociedade.
E as derrotas só servem para aumentar a força e aperfeiçoar as ideias.
“A derrota não é o pior dos fracassos. Não ter tentado é o verdadeiro fracasso.” (George E. Woodberry)
E é isso que todos nós podemos fazer de consciência tranquila, enquanto o PS luta contra a crise, os outros lutam contra o PS!!!!

by: Mara Lagriminha

Europeias 2009 - artigo de opinião

Mais um dia eleitoral em que o povo é chamado ás urnas... a faltarem 3h para as urnas fecharem cumpre fazer alguma reflexão.
Não aquela reflexão desesperada de boca de urna, nem de militante aflito que á ultima hora ainda tenta cacicar um ou outro voto...Não!Naturalmente não se trata disso. O bem aqui em causa é muito maior, e deve fazer-nos parar para pensar.

2008 e ate ao momento 2009, tem sido anos difíceis e complicados. Os portugueses finalmente entenderam o problema da conjectura mundial...e infelizmente da pior forma...todos os dias dezenas de portugueses perdem o seu emprego...e todos nós sabemos o que isso significa.

Ter um emprego é não só uma forma de assegurar o sustento da família e o seu próprio sustento, mas também a garantia de assegurar que todos os seus compromissos são assegurados, nomeadamente o pagamento dos créditos, que desesperadamente muitos portugueses contraíram.

Mas ficar numa situação de desemprego, leva-nos ainda, em ultima instância a casos mais problematicos...como a perda da habitação e a pobreza extrema...é isto que os portugueses sentem na carteira...e sentem nas suas vidas.

A busca da segurança no emprego, na habitação. A luta contra a precariedade social, deve ser, sem dúvida alguma a essência de todo e qualquer governo.

A historia está a provar que o modelo capitalista não é a solução. George Orwel, no seu "1984" já fazia essa antevisao...num universo imaginário, que parece estar agora, novamente a acontecer...

Deste modo, não me parece solução continuar a apostar-se num modelo que não assegura aquilo que de mais precioso a população tem: a segurança de saber que, independentemente das crises económicas, o Estado, cumpre a sua missão e assegura a segurança social e a reforma daqueles que tiveram uma vasta vida activa. Mas assegura também, aqueles que vitimas da conjectura, viram as suas empresas a fecharem e a ficarem numa difícil situação de desemprego.

E é por isso, que jamais poderia modificar o meu voto, ora para uma direita selvagem, ora para uma extrema esquerda utópica, sem ideias e demagoga.

E é também por isso, que continuo ao lado daqueles que tomaram a decisão de fazermos parte de um Portugal maior, um Portugal Europeu. A Europa tem de dar resposta a todas estas questões. É missão dos eurodeputados portugueses darem voz a estas questões numa Europa, dita por muitos em crise...

Há muito que os partidos socialistas, social-democratas e trabalhistas têm alertado para as consequências económica e socialmente negativas de uma globalização com fracos mecanismos de regulação e para a ausência de uma reforma das instituições económicas internacionais, que haviam sido criadas num contexto radicalmente diferente.

Conscientes de que a concretização desta orientação não depende apenas das políticas públicas nacionais, mas sim de uma vontade global. Como afirmava António Guterres, no Congresso da Internacional Socialista, em 1996, “uma globalização não regulamentada significa necessariamente a globalização da pobreza e da exclusão social, bem como o nivelamento dos direitos sociais pelos níveis mais baixos”. Mais, “a globalização da economia mundial enfraqueceu a capacidade dos governos eleitos de fazer isoladamente frente a manipulações monetárias especulativas, à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais. Precisamos de melhores mecanismos de coordenação internacionais”.

E é por isso que a minha voz continua ao lado do socialismo democrático, pelo compromisso irrenunciável com a liberdade política e a defesa de uma relação equilibrada entre mercado – como instrumento privilegiado para a coordenação dos factores produtivos – e Estado – como instituição estratégica para a garantia do interesse comum.

O Partido Socialista é, verdadeiramente, o partido da Europa, o partido do grande projecto europeu. Foi com Mário Soares que Portugal pediu e concretizou a adesão à União Europeia. Foi com António Guterres que Portugal conseguiu a adesão ao Euro e a Europa ganhou a Estratégia de Lisboa. Foi com José Sócrates e com o reconhecido sucesso da última Presidência Portuguesa, que o Tratado de Lisboa se tornou o novo alicerce de toda a construção europeia.

O ideal europeu sempre constituiu uma marca na identidade do PS – mas sempre constituiu também uma fronteira de demarcação, em particular face às forças políticas à nossa esquerda, seja da esquerda comunista, seja da extrema-esquerda. Também aqui, esses “partidos de protesto” preferiram sempre ficar à margem e nunca quiseram verdadeiramente contribuir para a construção do projecto europeu, com tudo o que ele representa como projecto de paz, de prosperidade, de qualidade de vida e de igualdade de oportunidades para Portugal e para os povos da Europa. Não é possível disfarçar estas diferenças: os portugueses devem votar nas próximas eleições europeias com perfeita consciência de quem é que na esquerda está seriamente empenhado na Europa, para fazer avançar o projecto europeu e quem é que na esquerda está apenas emboscado na Europa, para sistematicamente combater qualquer avanço, mínimo que seja, do projecto europeu.

Aquilo que está á nossa frente, nem sempre é fácil de ser visto.
Muitos podem olhar mas não vêem.

E das analises feitas (note-se o caso Holandês, onde o perigo da extrema-direita, teve resultados incríveis), a população nem sempre entende o quão difícil é tomar decisões, ainda mais quando essas decisões afectam 10 milhões de habitantes.
Já imaginou como seria?
Um dia na pele de primeiro/a ministro/a?
Acredite. Não ia ser fácil.

Contudo, quando a conjectura interna não é favorável, o povo tem a tendência de usar o voto, como arma de protesto. Não votar PS nas Europeias, é igual a passar um cartão vermelho ao governo a nível interno.
Aqui está o elixir da confusão...
E confusão em grande parte feita por culpa dos partidos, e aqui ninguém é inocente.
De facto, quem quer ouvir falar de Europa?
Em campanha ás Europeias as manchetes de jornais são tudo e mais alguma coisa...mas raramente a tinta correu para a mensagem da Europa.
E naturalmente isto é um ciclo vicioso.

O projecto Europeu,para ser identificado pelos eleitores tem de ser explicado.
Deve ser entendido. Coisa que não aconteceu...

Apesar dos apelos do Sr. Presidente da República, parece-me a mim (humildemente a mim...) que a taxa de abstenção mais uma vez vai ser elevada.

E vamos ver...

O meu coração e o meu lado racional estão sem dúvida com Vital Moreira...mas....

by: Mara Lagriminha

Recomendado



José Luís Peixoto... um nome já bem conhecido e aclamado do nosso meio literário.

Confesso que com este autor, não posso falar num amor á primeira vista. Aliás, penso que o encantamento vem todo desse leve facto...ele não dá tudo a conhecer numa primeira leitura e é exigente com as palavras e ardiloso com o entendimento do leitor. No fundo, queria porque queria alimentar este amor que poderia nem vir a nascer. Nas leituras como nos relacionamentos é necessária alguma paciência e perseverança...não podemos querer começar pelo fim, quando ainda estamos no principio.

Assim foi comigo e com o José Luís Peixoto. Diga-se pois claro, com a escrita do José Luís Peixoto.
"Cal" caiu inesperadamente na minha mão, daqueles presentes que nos chegam sem aviso, sem existir nenhuma data em concreto...mas que nos deixam com um brilhozinho nos olhos e com o ego levantado por se terem lembrado de nós. Acredito que sim!!!!

Venham mais dessas surpresas! E que surpresa! Este foi o primeiro encontro. E decerto que os primeiros encontros são também os mais difíceis...entre uma pagina e outra...algo me faltava...pensei para comigo mesma..."deve ser do meu estado de espírito...não me consigo concentrar..." a leitura de alguns parágrafos arrepiava-me. Sinceramente, juro que estou a falar a serio.

O que eu não conseguia era separar a minha sensibilidade da leitura...do corpo do próprio autor. Algum sentido de inferioridade me enchia a mente...certo é que "Cal" exige alguma maturidade de pensamento, entre poemas, contos e uma peça de teatro, a preparação intelectual não era fácil!

Encerrei...8 dias depois olhei para a minha estante e lá estava ele... com ar provocante... como se me piscasse o olho a desafiar-me...não pude resistir...mais uma vez caí em tentação. Digamos que não foi tiro e queda, reconheci o suficiente para querer ler mais! e adquiri a restante obra do autor...passo a passo... sem pressões. E quando dei por mim, num segundo olhar...ou melhor em "Nenhum Olhar" apaixonei-me completamente. Passei a admira-lo e a entende-lo! Com a mente mais aberta sem ideias preconcebidas. Sim! Agora sim...posso dizê-lo, ele é fabuloso e merece o reconhecimento que tem vindo a ter.

Mas o amor verdadeiro viria de facto, naquela que fora a sua primeira obra: "Morreste-me". Para mim, na minha humilde opinião, ate agora a obra prima do autor.

Mas já que foi em "Nenhum Olhar" que a admiração nasceu, por vezes dou por mim de olhar perdido e

"Penso: talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez nós não andemos debaixo do céu mas em cima dele"
in "Nenhum Olhar" José Luís Peixoto.

by: Mara Lagriminha

Gotan Project - EXCEPCIONAL






e caminhava...levemente no meu peito... como me levava...do mais longe...ao mais profundo da minha alma. Consomia a respiração e elevava-me sem perceber para destinos e viagens tão mais grandiosas...aumenta o ritmo...um ritmo magnanimo dificil de equacionar em palavras...e é! Existe! em minutos estamos lá! Porque acreditamos, tal como a força da musica no nosso corpo, assim deveria ser ouvida na alma de quem governa e tem de ouvir o povo!

Gotan Project - simplemente brutal!!!!

pó do nosso pó

"as mascaras são pó quando nos confrontamos com o pó", João Pereira Coutinho, sem dúvida um artista das letras...não podia concordar mais com ele.

Batemo-nos na sociedade, ao incorporar vários papeis...Somos alias desde o nascimento formatados para isso, como se de maquinas nos tratássemos.

Nascemos...adquirimos o papel de filhos, crescemos mais um pouco e para alem do papel de filhos, adquirimos aquela palavra que nos acompanhará...para descanso dos pais...por longos anos... o papel de estudantes...varias fases neste ciclo, e em cada uma adquire-se um novo papel.

Finalmente, atingimos a maioridade, e lá está...novo papel - Somos maiores. Para alguns os 18 anos são o marco da sua vida...Claro que esta figuração dura pouco tempo... A ideia de que somos autónomos e independentes, 100% livres, cheios de vida para dar, e querendo disfrutar a partir desse momento de todas as privações e possíveis sufocos vividos ate a altura...é como se fosse o grito do Ipiranga!!! Yupi...sou maior posso fazer tudo e mais alguma coisa... triste desilusão... quando passa a altura dos parabéns e da ressaca... aí sim... a realidade manifesta-se.

É provavelmente uma desilusão tão grande quanto a alegria de fazer os ditos 18 anos. Mas podia ser pior... pensem... seguindo os padrões desta sociedade, ainda não perdes-te o papel de filho, o que significa que podes continuar na tua santa vidinha de adolescente, aquela que todos nós adoramos...mesmo quando já a passamos e a queríamos desesperadamente de volta!

Chega a hora... próximo papel o de estudante universitario...para os que querem cumprir o ritual de estudante por mais tempo...e aí sim, aí a pequena e modesta liberdade manifesta-se!!!!

Então se fizeres parte das estatísticas adquires um novo e interessante papel: o de boémio!!!! E este se não for levado moderadamente...perdura e perdura... Os anos passam, chega o canudo...e lá vem um novo papel... ou de desempregado...ou de trabalhador...entre um e outro...lá vamos circulando...ora fazendo parte de uma classe ora de outra...

Mas o relevante em tudo isto...é que parecemos formatados a tal... já para não falar nos papeis pessoais que parecemos obrigados quase que por natureza a desempenhar!!!! No fundo a sociedade exige que usemos mascaras... as mascaras que todos vêem... porque todos querem que nos vejamos de igual modo...de igual forma... ordinariamente caímos neste labirinto sem nos apercebermos... ás tantas sinto-me aprisionada num grande Big Brother do George Orwel... Sem razão... sem opinião...

Mas se todos nascemos do pó...ao pó um dia regressaremos... e para lá enterraremos todas as mascaras...

Defendo a Igualdade acima de todas as coisas, mas sobretudo para que a igualdade seja e passo a expressão igualitária, defendo sobretudo a auto-determinação da nossa vida!

Estas mascaras da sociedade são as principais responsáveis pelos estereótipos que corrompem e corroem o mundo.

O sexismo dos papeis em ultima instância define erradamente a liberdade de consciência, pré concebida...aquela que faz com que as meninas tenham de limpar a casa e os meninos aprendam com o "chefe de família" a sentar-se no sofá e a lerem o jornal...ah perdão...enganei-me estamos no século XXI...vou corrigir... a navegarem na internet... quiçá em qualquer blog deste mundo cybernautico... e como o mundo é muito grande quem sabe algum esteja neste momento a ler este post... espero bem que sim!!!
Então gravem bem na vossa mente, não estão a educar, estão a criar alguém que provavelmente no futuro terá vários problemas de relacionamento... tal como o jornal deixou de ser o mote after dinner... também esse comportamento para uma elevada (e crescente espero) percentagem está de modé.

Mas este é apenas um exemplo...mínimo daquilo que os papeis sociais fazem...não é que devam desaparecer por completo...mas o valor principal não é a predestinação...aquela ideia religiosa que atormenta tantos espiritos...quase uma ideia de missão!

Por favor.... tanto tempo a lutarmos pela liberdade.... voltando ao sexismo... tantos soutiens queimados em plena praça...para quê???? afinal o mundo esquece rápido os desesperos do passado...

Mas as mascaras não definem quem somos...
Porque antes de sermos a coisa A ou a coisa B... SOMOS! EXISTIMOS! somos pessoas...apenas pessoas.
Bastemo-nos com este conceito...porque ele nasce e morre...

E porque o que fazemos transforma-se e o que somos evolui...vou ser optimista.

Quando as mascaras voltarem ao ...renascemos...

by: Mara Lagriminha
Sexta-feira à noite...
Porque será que as noites de sexta-feira padecem de uma perturbadora calma no meu peito...
Ora o cansaço de uma fatidica semana... infernal... como tantas outras...
Outras dos tempos de outrora...
Dei por mim perdida nos meus proprios lamentos...
Uma estranha saudade me bateu á porta...
Aquela porta do baú das emoções que tento manter fechada...
á muito que a tento manter fechada...
Li os rascunhos que marcaram uma época...
Uma época em que tudo era bem mais fácil...
Agora entendo a existencia do Peter Pan...
O eterno rapaz...O eterno menino... no mundo da Terra do Nunca...
da terra do imaginario...
dos sonhos...
do impossivel e realizavel...
Oh tempo...
Tesouro mais valioso que o ouro... que o petroleo... que o diamante...
Quem não gostaria de parar o tempo...
De brincar com ele como se de um io-io se tratasse...
Os segundos transformados em dias corrompem...
Corrompem tudo aquilo que um dia dissemos que seriamos...
Todos nós escrevemos livros...
e alguns decerto seriam frevorosos best-sellers!!!
Liguei o PC... queria que a musica...aquelas velhas musicas me transportassem...
Me deleitassem nos sonhos...
Sempre fui de sonhar acordada...
De viajar no meu mundo...
Impenetravel....
Cada vez admiro mais os momentos de solipsismo...
Preciso de me encontrar...
De me retirar da pressão de segunda a quinta-feira...
Queria manter este momento por todos os dias vindouros...
Conseguirei....
Talvez não...
A pressão da sociedade é maior...
maior do que os sonhos...
do que os desejos...
do que as ilusões esquecidas no baú das memorias...
Acorda!!!!
Abre os olhos!!!!
O despertador já tocou...
Mais um dia...

by: Mara Lagriminha

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